A mãe que pulou em um poço de 8 metros de profundidade para salvar o filho de 2 anos que havia caído no local em São Miguel do Guaporé (RO), revela que ao descer, precisou procurar a criança com as mãos pois ela havia afundado.
Genislaine Santos, mãe do Heytor, gravou um vídeo no local contando como tudo aconteceu momentos ante do filho cair dentro do poço (assista acima). Ela disse que estava na parte de trás da casa quando o filho apareceu brincando.
Nesse quintal havia um poço coberto por uma tampa de caixa d’água. Ao se distrair, a mãe não percebeu que o filho estava bem perto do poço. Em certo momento, ela escutou o barulho da tampa arrastando e quando olhou para o poço, viu o filho caindo.
“Na hora que eu olhei para o poço, vi só os pezinhos dele passando pela tampa. Imediatamente eu corri para perto, retirei a tampa por completo e olhei para baixo”, contou a mãe do Heytor.
Ao chegar perto do poço, a mulher viu o filho se debatendo no fundo. Genislaine então gritou por ajuda e um vizinho ouviu o chamado. A mãe só conseguiu avisar que o filho havia caído e pediu para ele chamar por ajuda, depois disso, segurou na corda que prendia a bomba de água e desceu no poço.
“Quando eu cheguei no fundo do poço, precisei caçar ele com as mãos, pois eu não conseguia mais ver ele. Quando senti o bracinho dele, puxei para superfície e coloquei ele no meu colo com a cabeça para cima”, disse Genislaine.
Pela profundidade, a mãe não consegui sustentar os dois por muito tempo, foi então que teve a ideia de apoiar o pé na bomba de água para se manter na superfície. Quando os bombeiros chegaram no local, a equipe montou um sistema de descida para resgatar as duas vítimas.
“Quando os bombeiros retiraram neném do poço, ele já estava com começo de hipotermia por cota do frio, pois tudo isso aconteceu por volta das oito horas da manhã”, relembrou a mãe.
Ambos foram retirados do poço com escoriações leves e levados ao Hospital Municipal para atendimento médico. A mãe contou que após exames, descobriu que o pulmão e o abdome do filho absorveram água e que a criança precisou tomar alguns medicamentos para tratar a sequela. Atualmente os dois estão bem e estáveis.
Por Luciana Kuster, Rede Amazônica — Porto Velho