Venda de emendas: deputado do PL usava família no esquema de desvio de verbas federais, diz PF


Investigação da Polícia Federal sobre o esquema de venda de emendas parlamentares por deputados do PL aponta que Bosco Costa (PL-SE) utilizava a esposa e o filho na destinação de parte dos recursos indicados pelos parlamentares que integravam a organização criminosa.

No fim deste mês, a Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) vai decidir se Bosco Costa – que atualmente é suplente de deputado – Josimar Maranhãozinho (PL-MA) e Pastor Gil (PL-MA) vão se tornar réus pelo esquema de desvio de verbas federais.

Os deputados foram denunciados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por suposta “comercialização de emendas parlamentares”. A organização criminosa também contava com um agiota e lobistas.

Em geral, segundo as investigações, 25% das emendas que deveriam ser integralmente utilizadas na área da saúde de São José de Ribamar (MA) teriam sido pagos como propina.

Conforme o relatório da PF, ao qual o blog teve acesso, os investigadores identificaram que o deputado Bosco Costa usava a conta da mulher para esconder o dinheiro desviado de emendas e usava o filho na negociação ilegal.

“Diante desses elementos, tornou-se possível visualizar um subnúcleo criminoso destinado à lavagem de dinheiro, composto por familiares do deputado Bosco Costa. A sua esposa, Maria Rivandete de Andrade, é quem recebe/oculta o dinheiro do esquema criminoso. O seu filho, Thales Andrade Costa, além de também receber/ocultar, ainda tem papel ativo na negociação”, diz o documento da PF.
O g1 busca contato com Bosco Costa.

A PF anexou à investigação extratos que comprovam as transferências.

Há extrato de vários pagamentos, um deles de R$ 40 mil, valor que a PF entende tratar-se de dinheiro de esquema ilegal, transferido em dezembro de 2020.

Em uma conversa, no dia 02/01/2020, foi encontrado um comprovante de transferência no valor de R$ 25 mil também para a conta de Maria Rivandete.

O recurso foi transferido pela empresa Joas Consultoria – que, segundo a PF pertencia, na verdade, ao deputado Josimar Maranhãozinho, líder do esquema criminoso denunciado pela PGR .

Thales Costa, filho do deputado Bosco Costa, foi denunciado pela PGR, assim como o pai. Já a esposa do deputado – cuja conta teria recebido o dinheiro do desvio das emendas – não foi denunciada, porque a PGR entendeu que não há prova de que ela sabia da ilicitude.

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