Um jovem de 26 anos, identificado como T., ou simplesmente ‘Piá’, foi brutalmente executado a facadas e o cadáver abandonado no lixão do município de Rosário Oeste (104 km da Capital), onde foi encontrado com as mãos amarradas e amordaçado.
De acordo com uma gravação, feita pelos próprios criminosos e divulgadas por meio de grupos de Whatsapp, é possível acompanhar a vítima sendo executado e o exato momento em que os criminosos abrem o peito do rapaz, enfiam a mão e retiram o coração.
Após a divulgação do vídeo, que a Polícia Civil teve acesso, foi possível identificar um dos bandidos, identificado apenas como “J.”, 28 anos, que narrava a execução.
O criminoso foi localizado e preso.
A execução foi gravada em um aparelho celular dos criminosos e difundida pelo aplicativo WhatsApp para diversos grupos, com o esboço de demonstrar crueldade em que membros de uma facção julgaram, condenaram e executaram a vítima, que integrava um grupo rival.
Contudo os policiais civis tiveram acesso ao vídeo sendo possível identificar um dos participantes, destacou o delegado Guilherme Bertoli.
Na unidade policial, o acusado confessou a autoria do homicídio e explicou que a vítima foi vítima de emboscada em sua casa, no bairro Santo Antônio, onde ele foi capturado pelo CV.
A ocorrência foi registrada por crimes de homicídio qualificado e tráfico drogas.
Em seguida, um dos suspeitos foi conduzido à Delegacia de Rosário Oeste, onde foi interrogado, preso em flagrante e colocado à disposição da Justiça.
Em um dos vídeos é possível os criminosos dizem: “Fala logo, bora, eu vou abrir você. Cadê a PCCuzaiada, eu vou arrancar seu coração vivo, você vai ver eu arrancar seu coração”.
A vítima diz que vai falar tudo, “vai levar [os criminosos] lá” e pergunta se vai ser liberado.
O segundo vídeo, que mostra os criminosos arrancando o coração do rapaz, são imagens muito fortes, impublicáveis e não será divulgado.
No local, a vítima foi identificado e em seguida chegou a informação de que o rapaz era morador do bairro Nossa Senhora Aparecida e usuário de drogas.
Os militares isolaram o local e comunicaram o fato à Delegacia de Polícia Civil e Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), responsáveis por dar andamento aos procedimentos cabíveis ao caso.
Os peritos analisaram as condições em que o corpo foi encontrado, com evidentes sinais de violência. Os especialistas ainda periciaram todo o local onde a vítima foi encontrada, na intenção de colher evidências que ajudem a apontar as circunstâncias do homicídio e identificar o autor do assassinato.
Em seguida o cadáver foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML), onde passou por exame de necropsia que vai confirmar a causa clínica da morte.
O laudo com informações técnicas sobre o caso será emitido pela Politec nos próximos dias.
Os policiais civis acompanharam todo o trabalho da perícia, colheram informações com testemunhas e deram início às investigações.
Fonte: Repórter MT