O ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou na noite desta quarta-feira (30) que o suspeito de matar o caminhoneiro com uma pedrada na cabeça foi preso em Vilhena (RO), a 700 quilômetros de Porto Velho.
O ataque contra o idoso aconteceu durante a tarde, quando o condutor seguia sentido Comodoro (MT).
Segundo Jungmann, durante coletiva de imprensa em Brasília (DF), o principal suspeito está prestando depoimento e o chefe do grupo, que provocou a mobilização, também está sendo ouvido por policiais federais em Vilhena.
O ministro classificou a morte do caminhoneiro como trágica e desumana. “Esta tragédia não deveria ter acontecido no movimento, que começou de forma justa”, diz.
Jungmann ressaltou que o caso de Vilhena está sendo acompanhado pelas autoridades em Brasília.
“Esta violência é um exemplo trágico do equívoco da violência política. Aqui fica um aviso: aqueles que cometeram este crime de Vilhena serão punidos na forma da lei. E todos aqueles que cometerem crimes desta forma serão punidos, porque é preciso fazer justiça”, afirma.
Segundo informações iniciais da Polícia Rodoviária Federal (PRF), o veículo de José estaria passando pela rodovia, quando uma pessoa em um carro de passeio arremessou a pedra contra o parabrisa, que atravessou o vidro e atingiu a cabeça da vítima. O Corpo de Bombeiros chegou a ir no local, mas a vítima não resistiu aos ferimentos.
Quem era a vítima
José tinha 70 anos e era morador de Jaru. Ele era casado e trabalhava de forma autônoma fazendo fretes com o caminhão.
Segundo um amigo da vítima, José não fazia parte do movimento grevista, mas respeitava o protesto dos caminhoneiros que já dura nove dias no estado de Rondônia.
Ele estava levando madeira para a cidade de Mirassol, no Mato Grosso, quando foi atacado. A família de José está em estado de choque, segundo informou um amigo ao G1 em Jaru.
Um pastor e amigo da família está acompanhando o trabalho de liberação do corpo em Vilhena.
A previsão é que José seja velado na quinta-feira (31) na Igreja Metodista em Jaru, na Avenida Brasil, em Jaru.
Por Jonatas Boni, G1 RO