Como surgiu a ideia de tomar a frente da realização da Expojipa 2024?
Sérgio Suganuma – Quando veio a ideia, eu ouvi muitos comentários que era uma loucura, mas eu sabia que se eu fizesse algo diferente, um evento voltado para família e para as pessoas que têm menos condições financeiras, e são elas que mais participam, eu imaginei que poderia dar certo. Meu objetivo foi de resgatar a tradição da maior feira agropecuária do nosso estado e trazer o grande público de volta.
O presidente e a diretoria da Associação Rural de Rondônia (ARR) apoiaram sua decisão?
Sérgio Suganuma – Mesmo fazendo parte da diretoria da ARR, eu precisava do apoio da associação. E desde 2018, a Expojipa vem sendo terceirizada para promotores de eventos. Somente, em 2021, que não foi realizada a festa devido à pandemia do Covid-19. E neste ano, também seria tercerizada, mas, infelizmente, o empresário que estava com o acordo fechado teve algumas questões que fizeram a ARR rescindir o contrato. Assim, em conversa com a diretoria, resolvi realizar a 43ª edição da Expojipa para preservar a população, em respeito ao evento que é tradição em nosso município.
Essa decisão ocorreu em meados de abril. Como foi organizar um evento desse porte em pouco tempo?
Sérgio Suganuma – Inicialmente, minha primeira atitude foi entrar em contato com os produtores dos shows, que normalmente são realizados com um ano de antecedência. Foi um desafio, pois é uma missão para poucos. E eu coloquei em minha mente que o projeto era bom. Então, seguimos para o planejamento de vendas com preços acessíveis para famílias, com as primeiras 1000 cartelas a preço de R$ 99,99. Depois, foram os preços justos na praça de alimentação de alguns produtos mais consumidos e do parquinho de diversões. Com a confirmação das atrações musicais, seguimos para a organização interna. Eram muitas decisões para serem tomadas em pouco tempo, e no fim deu certo.
A feira entregou e cumpriu a programação?
Sérgio Suganuma – Sim, com muito esforço e trabalho. Um desses acertos foi o show do Amado Batista, com portões abertos, que lotou e foi o maior público da edição, com as ruas em torno do Parque de Exposições Hermínio Victorelli lotadas de carros estacionados. O Show de Prêmios e os sorteios foram todos entregues, e teve a arrecadação de alimentos que ajudaram ao Lar Aurélio Bernardi e à Creche Grilo Falante. Todos os fornecedores e colaboradores foram pagos. O resultado foi positivo.
Umas das principais atrações da Expojipa foram os rodeios e, neste ano, ocorreu mais uma edição do Cowboy de Aço com a premiação de um carro 0 km?
Sérgio Suganuma – O Cowboy de Aço é um evento idealizado pelo locutor Esnar Ribeiro, que realiza um trabalho belíssimo e tem seu programa de TV nos Estados Unidos. E em 2013, em um encontro nosso, trocamos ideias e criamos o Cowboy de Aço, que é a disputa de uma noite só. O público acompanha e já torce para saber quem será o vencedor. E uma disputa entre os melhores da região Norte contra os melhores do Brasil. Além da participação dos melhores locutores para animar o público.
Há possibilidade do Cowboy de Aço para 2025?
Sérgio Suganuma – Já temos um projeto de fazer uma novidade para o Cowboy de Aço, que é torná-lo internacional, trazendo uma seleção de vencedores dos Estados Unidos, Canadá e demais países para competir com os melhores do Brasil e do Norte.
A Expojipa fomenta a economia local, a rede hoteleira e outros diversos segmentos. É um incentivo para economia local?
Sérgio Suganuma – A exposição é um incentivo aos nossos empresários, empreendedores, autônomos, postos de gasolina, gráficas e diversos segmentos de Ji-Paraná e da região, pois requer prestações de serviços de vários profissionais. Então, creio que, em 2025, a feira se tornará a segunda maior data para os comércios, perdendo apenas para o Natal. Pretendemos iniciar as ações já no início de janeiro de 2025, pois nosso objetivo é de retornar a Expojipa para o mês de julho.
Então, é certo que volta para julho a Expojipa?
Sérgio Suganuma – É certo sim. E já temos uma data pré estabelecida para ocorrer que será de 9 a 13 de julho, e já estamos fechando possíveis patrocinadores e preparando a programação e as atrações. Uma delas é o sorteio de um carro no Show de Prêmios e ainda manter a acessibilidade da entrada para todos.
Nesta edição, teve também o retorno da exposição de animais e do Concurso Leiteiro?
Sérgio Suganuma – Esse pavilhão da agropecuária é um espaço imenso e muito bem-feito, por isso, temos que valorizar. Tivemos a exposição de vacas e touros, e novilhas de raças que nunca foram expostas na feira. No Concurso Leiteiro, teve premiação de R$ 66 mil, ao todo, para os produtores vencedores. Foi um momento muito emocionante. É gratificante.
A ARR já está a mais de 40 anos e teremos uma nova eleição no fim do ano? Será candidato para assumir o posto?
Sérgio Suganuma – Sim, e já houve algumas reuniões para que eu assuma e concorra em uma chapa. O mandato do nosso presidente Gilson Daniel encerra em dezembro. Já recebi apoio de alguns ex-presidentes da ARR, e estamos continuando os trabalhos por ter uma proximidade com o empresariado da cidade e político. Enfim, está tudo caminhando para assumir, mas o futuro pertence a Deus.
Encerrando 2024 com muitas novidades para 2025. Os agradecimentos ficam para quem?
Sérgio Suganuma – Na verdade, foi Deus que esteve à frente, do lado, atrás e derramando uma chuva de bênçãos, e foi ele que manifestou esse desejo em mim para tomar à frente. Além de Deus, minha família foi muito importante nesse processo, minha esposa Marisângela, e as minhas filhas Sayuri ,Yumi e Mayumi e minha neta Martina. E em 2025, Ji-Paraná pode esperar a valorização da nossa feira, com acessibilidade, família, baile da rainha, cavalgada, premiações e expositores para melhorar espaço multisetorial e a praça de alimentação, com ambulantes querem participar, mais ação de patrocínio para as crianças carentes.
Por: Correio Popular