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Quarta-feira, 04 de setembro de 2024







Rio Madeira atinge nível histórico de seca em Porto Velho, afetando ribeirinhos e geração de energia

O Rio Madeira, um dos maiores rios do mundo que atravessa Brasil, Bolívia e Peru, atingiu na madrugada desta terça-feira (03) em Porto Velho, o nível mais baixo já registrado desde 1967, com apenas 1,02 metro de profundidade, de acordo com o Serviço Geológico do Brasil (SGB). Este recorde negativo ocorre em meio a uma estiagem extrema que já dura três meses, com ausência de chuvas significativas desde 25 de maio, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).

Em julho deste ano, o Rio Madeira começou a registrar uma série de mínimas históricas, estando atualmente quase três metros abaixo do nível esperado para esta época, que deveria ser de cerca de 3,80 metros, conforme dados do Sistema Integrado de Monitoramento e Alerta Hidrometeorológica (SipamHidro). A última vez que o rio chegou a uma marca tão baixa foi em 2023, quando alcançou 1,09 metro.

A seca está causando graves impactos nas comunidades ribeirinhas do Médio Madeira, onde moradores do distrito de São Carlos, enfrentam a falta de água potável. Sem acesso a água encanada, eles dependem de poços amazônicos, que secaram com a estiagem.

Nas margens do Rio Madeira, famílias ribeirinhas sobrevivem com menos de 50 litros de água por dia, quantidade muito inferior aos 110 litros diários recomendados pela Organização das Nações Unidas (ONU) para atender às necessidades básicas de uma pessoa. Na comunidade Maravilha, o igarapé secou completamente, resultando na morte de dezenas de peixes e agravando a escassez de água para os moradores.

Além das comunidades, a seca também ameaça a geração de energia no país. O Rio Madeira abriga as usinas hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio, que juntas representam cerca de 7% da capacidade do sistema elétrico brasileiro. A Agência Nacional de Águas (ANA) já alertou para a possibilidade de paralisação da hidrelétrica de Santo Antônio, que opera no formato de “fio d’água” e depende do fluxo do rio para manter suas turbinas em funcionamento.

Portal SGC


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