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Terça-feira, 05 de novembro de 2024







Representante de empresa que vendeu kits para teste de covid-19, recebeu e não entregou, é ligada a Junior Gonçalves, chefe da Casa Civil de Marcos Rocha

A empresa que vendeu ao Governo de Rondônia, sem licitação, 100 mil testes rápidos para a Covid-19 tem como representante a empresária Maires de Carli, que é ou foi vice-presidente de uma empresa pertencente ao também empresário Junior Gonçalves, atual chefe da Casa Civil do Governador  de Rondônia, coronel Marcos Rocha (PSL), e que ganhou o cargo após a falência do grupo Gonçalves, de propriedade de seu pai. Detalhe: até está terça-feira, o material não havia sido entregue ao Governo para o combate ao coronavírus.

O Governo pagou três milhões, cento e cinqüenta mil reais (adiantados) para a empresa Buyerbr, dentro de um contrato que chega a dez milhões e quinhentos mil reais. A tal Buyerbr apresentou como único critério para ganhar o contato a entrega do material em menor tempo, mas não o fez.

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Ligada a Junior Gonçalves, Maires de Carli é representante  da empresa Buyer Br, de Barueri (SP), a mesma firma que vendeu os kites, recebeu parte do dinheiro adiantado e não entregou o material.

Reportagem do jornal Na Hora Online, reproduzida pelo Jornal Povo em Alerta obteve informações da representante da empresa Buyer Br, de Barueri (SP), Maires de Carli, da chegada e envio da carga com 100 mil kits de testes para o Corona vírus no estado,  que já contabiliza cerca de 50  mortes e mais de mil infectados.

Em meio à confusão causada pela pandemia do Coronavírus, o governo de Rondônia resolveu que, na pressa, é melhor pagar primeiro para ver depois.

Em 3 de abril, a empresa Buyer Br, de Barueri (SP) , apresentou proposta de venda de 100 mil kits de testes rápidos, ao valor unitário de R$ 105,00, totalizando R$ 10.5 milhões. Como se tratou de compra emergencial, houve dispensa de licitação e autorização para pagamento de 30% do valor como entrada e o restante,  no faturamento. A dona da empresa, Cibele Oliveira, se defende e diz que o preço praticado está abaixo do mercado porque , com a escassez do produto,  os preços subiram.

A empresa Buyer Br, apesar do nome pomposo, funciona em uma casa relativamente simples e apresentou capital social de R$ 174 mil, mas recebeu adiantado, do governo de Rondônia, no dia 7 de abril,  três milhões e cento e cinqüenta mil reais. A empresa  deveria ter entregue os testes no dia 17 de abril, dez dias após o recebimento do adiantamento,  conforme estabelecido no ato da compra.

A Buyer Br é uma empresa que tem na Receita Federal outros objetos de vendas e não medicamentos, explicando a parceria com outra empresa, a Level. A Level importa, a Buyer compra e revende, não tem estoque.

A Buyer alegou que estava com problemas, porque em função da pandemia, voos foram cancelados e atrasou a chegada, mas garante que os kits já estão no Brasil, e que já fizeram a prova de existência da carga para garantir o bom andamento do negócio.

Os kits foram adquiridos em 7 de abril, quando, de acordo com o boletim epidemiológico do governo, o Estado registrava apenas 23 casos da doença e um óbito. A  Sesau pagou R$ 105 por  kit de teste rápido. Ocorre que na mesma data, a prefeitura de Porto Velho comprou 10 mil kits de testes rápidos para Covid-19 ao preço de R$ 79,00 a unidade, oriundos da Alemanha, que apresenta aprovação pela Anvisa e segurança nos resultados em 98%, segundo representante em contato por telefone com o jornal Na hora online.

Com relação ao recebimento e conferência dos 100 mil testes, provavelmente a Comissão Permanente encarregada para esse fim deve atestar a quantidade, até para que o fornecedor possa receber os mais de sete milhões faltantes. Para tanto, o Ministério Público deve acompanhar esse processo para evitar que erros possam ser cometidos na contagem do material.

Pelo que foi apurado, o governo de Rondônia tem como meta comprar kits no valor total de R$ 28 milhões para atender a demanda crescente de suspeitos com a doença que assola o país e o mundo.

 

Se tivesse comprado da empresa fornecedora da prefeitura municipal de Porto Velho ou outra qualquer especialista nesse tipo de material complexo, teria economizado cerca de R$ 2,6 milhões de reais, com testes do Corona vírus.

Na pressa, a empresa foi habilitada numa sexta-feira e já no domingo estava apta para fornecer o produto, não tendo o comprador tido tempo para avaliar melhor e pesquisar no mercado. No final, quem ofereceu menos prazo, talvez com o fito de ganhar o certame, acabou atrasando mais e cobrando mais caro.

Um teste para ser eficaz e atender pelo menos 99% com segurança precisa ser de uma empresa que possa ter a certificação da Anvisa quando chega ao Brasil. Segundo os dirigentes da fornecedora, a empresa  já estão com toda essa documentação em mãos. Segundo Maires de Carli,  a Anvisa ainda não liberou, mas aguarda a publicação para esta quarta-feira  em nome da Level Importação, Exportação e Comércio S/A, sob o número de protocolo, 25352.189916/2020-92.

O Brasil tem apreendido muitas mercadorias oriundas da China, principalmente testes da Covid-19 que não funcionam. Para tanto, houve até a publicação de uma Resolução da Vigilância Sanitária nesse sentido.

Segundo matéria do próprio governo de Rondônia, o corpo de bombeiros ainda deve ir buscar os testes em São Paulo de avião, em quantidade menor (não cabem 100 mil testes na aeronave) para iniciar a testagem na população, o que seria  desnecessário porque a obrigação de entrega em Porto Velho é da fornecedora.

MP AGIU DEPOIS QUE PARTE DO DINHEIRO JÁ HAVIA SIDO PAGO

O Ministério Público do Estado de Rondônia, por meio de de ação de tutela de urgência, ajuizada pelos promotores de Justiça Joice Gushy Mota Azevedo, coordenadora do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Patrimônio Público e Combate à Criminalidade (GAECRI) e integrante da Força-Tarefa do MPRO,e Geraldo Henrique Ramos Guimarães, obteve decisão favorável para determinar a indisponibilidade de R$ 3.150.000,00, pagos de forma adiantada a empresa Buyerbr, contratada pelo Governo do Estado de Rondônia, por intermédio da Secretaria Estadual de Saúde, sem realização de licitação, para fornecer 100 mil kits de reagentes – testes rápidos para doença COVID-19.

O valor total do contrato é de R$ 10.500.000,00 e ficou acordado entre as partes a entrega do material no prazo de 10 dias, condicionado ao pagamento adiantado de 30%, ou seja, R$ 3.150.000,00 pelo governo do Estado. Antes da medida de bloqueio, O MP havia recomendado aos gestores da SESAU o cancelamento de novo processo de aquisição direta com a BuyerBr em andamento, desta vez, para aquisição de mais 170.000 testes e as mesmas cláusulas arriscadas para o ente público.

Passado o prazo de 10 dias do pagamento de 30% do valor dos kits, observou-se que o único critério que culminou na contratação da Buyersbr (entrega em menor tempo) fora desrespeitado, pois a entrega do produto teria que ocorrer em 17 de abril de 2020, mas até a presente data Rondônia permanece sem os kits.Observa-se que nenhuma providência foi adotada pelos agentes públicos frente a mora da empresa, mesmo com previsão expressa no termo de referência nesse sentido.

MAIRES DE CARLI E JUNIOR GONÇALVES

A Associação entre Maires de Carli e o chefe da Casa Civil do Governo Marcos Rocha é antiga e controversa.

Em março de 2019, a empresa de Junior Gonçalves e Maris Carli, a RCC Alimentos, foi acusada no Acre de ser uma pirâmide financeira destinada a lesar os incautos.

Leia o que diz a reportagem do jornal Acre 24 Horas de de 22/03/2019:

Empresa acusada de pirâmide financeira rebate acusações de deputado acreano

Empresa acusada de pirâmide financeira rebate acusações de deputado acreano

Depois de ser denunciada na tribuna da Assembleia Legislativa do Acre (Aleac) pelo deputado Luis Tchê (PDT), esta semana, como uma nova pirâmide financeira que estaria entrando no Acre, a empresa RCC Alimentos, do Estado de Rondônia, enviou nota à imprensa acreana para desmentir as afirmações do parlamentar.

Na ocasião, o deputado lembrou de empresas que foram consideradas pirâmides financeiras pela Justiça, como a Telexfree e a BBOM. “A RCC Alimentos é uma empresa que oferece lucros, é uma pirâmide financeira. “Dinheiro fácil não existe”, pontuou.

Contudo, a nota, assinada pela vice-presidente da RCC, Maires de Carli, explica que entende a preocupação de Tchê e que sua motivação foi proteger a população do Acre. “Nossa empresa se colocou à disposição do parlamentar e da mídia como um todo da cidade de Rio Branco, para tirar toda e qualquer dúvida acerca de nossa empresa e nossos produtos, pois o que foi informado não condiz com a verdade e realidade do nosso negócio”.

A nota desta que a RCC Alimentos Ltda é uma empresa de direito privado, inscrita no CNPJ/MF nº 31.711.657/0001-90, localizada na Rua Açaí, 5282, Bairro Floresta, Porto Velho/RO, com mais de 2 mil consumidores cadastrados em Rondônia.

“Trata-se de uma distribuidora de Alimentos que vende Combos de Alimentos e de Limpeza e utiliza como estratégia de vendas o sistema comercial de Marketing Multinível, mediante o pagamento de bonificação aos seus integrantes pela indicação de novos clientes que irão consumir mensalmente esses Combos de Alimentos ou Material de Limpeza ao preço de R$ 299,90 cada”, afirma Maires.

Para fazer parte da Rede de Consumo Compartilhado de Alimentos, o consumidor deve se cadastrar na rede gratuitamente e adquirir o Combo Empreendedor, no valor de R$ 180,00. Após isso, são disponibilizados materiais de Marketing online, atualizações do Plano de Negócios da empresa em PDF e em Slides, ficha cadastral para impressão e desbloqueio de todas as ferramentas do Escritório Virtual, onde o consumidor gerencia todos os seus dados, compra seus combos e visualiza seus Bônus.

A empresa lançou seu Plano de Negócios na cidade de Rio Branco no último dia 15 de março e garantiu que o Acre terá filial da RCC na capital do Estado, com Centro de Distribuição físico onde os consumidores poderão retirar seus produtos.


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