A paralisação dos caminhoneiros e o fechamento da Estrada do Belmont em Porto Velho, e de trechos na BR-364 no interior de Rondônia, está causando preocupação em setores que dependem diretamente do combustível.
Segundo o Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo de Rondônia (Sindpetro-RO), caso a paralisação continue na BR-364 e na Estrada do Belmont, ponto de entrada do combustível em Porto Velho, até a próxima quinta-feira (24), Rondônia correm o risco de ficar sem combustível.
“Há regiões do interior de Rondônia que já estão sem combustível, devido a paralisação em vários pontos da BR-364 desde segunda-feira (21). Com o fechamento da Estrada do Belmont, Porto Velho também entra nessa lista”, afirma o secretário executivo do Sindpetro-RO, Carlos Eduardo.
Ainda segundo o Sindpetro, a constante mudança de preço dos combustíveis obrigou alguns postos da capital a trabalharem com o estoque baixo. “O estoque aqui na cidade é mínimo. Com essas paralisações o portovelhense corre o risco de sentir o reflexo (falta de combustível) já nessa quinta-feira (24)”, lembra o secretário do sindicato.
Outro setor que está apreensivo com a possível falta de combustível na capital é o transporte público. O Sistema Integrado Municipal de Porto Velho (SIM) afirma que teme não ter diesel disponível para os ônibus rodarem já na próxima sexta-feira (25).
Para o consórcio SIM, se o cenário atual de paralisação de caminhoneiros e de rodovias importantes do estado continuar, o usuário do transporte público também corre o risco de não ter o serviço a partir da sexta (25).
“Além do atraso dos ônibus que acabam se envolvendo nas paralisações em alguns pontos de Porto Velho, o fechamento da Estrada do Belmont nos preocupa pela possibilidade de não termos combustível para os ônibus rodarem. Não temos reserva de diesel até a para a próxima sexta-feira (25)”, afirma a diretora executiva do consórcio SIM, Elizabeth Barofaldi.
Outro ponto destacado pelo consórcio e que deve deixar o usuário do transporte público em Porto Velho apreensivo é o reflexo do aumento do diesel.
“Não suportamos mais o aumento desenfreado do preço do combustível. Registramos, em apenas um ano, um aumento de quase 56% no preço do diesel. É a segunda maior despesa do consórcio e quem pode sentir o impacto do aumento dessa despesa é o usuário do transporte público”, lembra a diretora do SIM.
O Sindicato do Comerciário em Porto Velho (Sindecom) também afirma que se o atual cenário se perpetuar, poderá resultar na falta de mercadorias. Mas o sindicato lembra que, até o momento, o comerciante não sentiu diretamente os reflexos dessa paralisação.
Por Pedro Bentes, G1 RO