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Sábado, 05 de outubro de 2024







Porto da Capital atrai empresários da Bolívia

Com o tema “Encuentro para promover las inversiones em El Beni”, a Câmara de Exportadores, Logística e Promoção de Investimentos de Santa Cruz (Cadex) reuniu 150 empresários na última sexta-feira (24), contando na programação com a especial participação do governador Daniel Pereira e prefeito Hildon Chaves, de Porto Velho.

A proximidade com Porto Velho – pouco mais de 600 quilômetros – possibilita que o setor produtivo do Departamento de El Beni passe a considerar, cada vez mais, a logística da capital de Rondônia como possiblidade concreta para obter custos menores no transporte de produtos como a soja, uma das culturas mais promissoras da Bolívia.

“Este encontro procurou mostrar o potencial do Beni, reunindo produtores, agricultores e empresários especialmente de Santa Cruz que tem interesse em investir no departamento. A experiência em Santa Cruz, região mais rica da Bolívia, ajuda a fomentar o Beni, e para a Bolívia em geral a logística é importante, gera competividade ou perda de mercado”, disse o presidente da Câmara de Exportadores, Logística e Promoção de Investimentos de Santa Cruz (Cadex), Oswaldo Barriga Karlbaum.

Segundo ele, nos últimos três anos a Cadex promoveu três visitas a Porto Velho (RO) para conhecer o porto e intensificar as relações entre as regiões do Beni e Santa Cruz, entre outras, e para ele o Porto de Velho representa de fato uma oportunidade para escoar com menor custo a produção de seu país.

Com uma exposição de dados que indicam ser a província de Marbán (Beni) um novo pólo de desenvolvimento para a Bolívia, o secretário técnico do Observatório Econômico da Cadex e da Universidade Autônoma Gabriel René Moreno, Moisés Manjón, disse que a proximidade do porto de Porto Velho, cerca de 900 quilômetros, faz com que a província seja uma boa aposta para se pensar na produção destinada a exportações.

Solo Fértil

Segundo Moisés Manjón, a região possui mais de 200 mil hectares livres, com fertilidade de solo entre media e alta, que não sofre inundações. Com o hectare entre 250 e 500 dólares hoje, o preço da terra pode chegar a 1,5 mil dolares com algum investimento. Em Santa Cruz, onde se concentra a riqueza econômica da Bolívia, a terra vale até 8 mil dólares o hectare.

O produtor de soja Alejando Dias Salek, vice-presidente da Federação de Ganaderos de Santa Cruz (Fegasacruz), disse que muitos empresários e técnicos brasileiros colaboraram com técnica e conhecimento na abertura da fronteira da soja, e que o grande gargalo ainda é a logística para se atingir mercados ultramar.

“Uma zona portuária como a de Porto Velho poderia dar uma eficiência em logística e custo menor, gerar outros mercados, ajudar muito a Bolívia e também Rondônia, que poderá se destacar como centro de logística sul americano; seremos mais competitivos nos mercados”, avalia Salek, que há mais de 20 anos mantém negócios de origem familiar em Santa Cruz, onde em duas propriedades produz 8 mil toneladas/ano de soja.

DiariodaAmazonia


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