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Terça-feira, 05 de novembro de 2024







PF deflagra operação Febre de Ouro contra organização de extração ilegal de ouro e lavagem de dinheiro

A PF (Polícia Federal) deflagrou a Operação Febre de Ouro em Rondônia e Mato Grosso para desarticular organização criminosa que atuava no comércio de ouro extraído ilegalmente de garimpos clandestinos em Rondônia e lavagem de capital. Ação ocorreu na manhã desta terça-feira (27).

São cumpridas 14 medidas cautelares em Porto Velho (RO), Ariquemes (RO), Cuiabá (MT), Juína (MT), Várzea Grande (MT) e Poconé (MT). Ao todo, são 7 mandados de busca e apreensão. Além disso, há medidas cautelares em que os suspeitos estão proibidos de manter contato com outros investigados e têm obrigação de comunicar ao Juízo eventual mudança de endereço e comparecimento a todos os atos do inquérito policial e da ação penal.

Segundo a Polícia Federal, as investigações iniciaram em 2020 com a prisão em flagrante de um suspeito que transportava ouro, sem qualquer documentação que comprovasse sua origem ilícita, em um carro em Ji-Paraná.

Segundo o laudo pericial, o metal apreendido foi avaliado em R$ 560 mil, e foi representado pela Polícia Federal autorização para encaminhamento do ouro a SENAD (Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas), unidade do Ministério da Justiça e Segurança Pública.

PF deflagra operação Febre de Ouro contra organização de extração ilegal de ouro e lavagem de dinheiro — Foto: Divulgação/PF

Em decorrência dos avanços nas investigações com a implementação de diversas técnicas investigativas especiais foi possível constatar a presença de uma organização criminosa com estrutura e divisão de tarefas.

Restou demonstrado que o ouro extraído ilegalmente de locais não autorizados em Rondônia, na sequência era declarado à ANM (Agência Nacional de Mineração) como se fosse proveniente de área permitida. Na sequência, a organização criminosa praticava diversas operações financeiras, inclusive em contas bancárias de terceiros, para dificultar o rastreamento dos valores, fatos que configuram, em tese, os crimes de usurpação de patrimônio da União, lavagem de capitais e organização criminosa, cujas penas somadas podem ultrapassar 23 anos.

A Justiça Federal determinou, também, o sequestro de R$ 907.897,54 em contas bancárias, aplicações financeiras e investimentos em ações. Além disso, durante a deflagração da operação policial, foram apreendidos 19 veículos, jóias e 4 armas de fogo, tendo, inclusive, a participação do GPI (Grupo de Pronta Intervenção da Polícia Federal) em razão da sensibilidade de um dos alvos.

O nome da operação, febre do ouro, refere-se ao período histórico em busca deste minério visando fortuna.

PF deflagra operação Febre de Ouro contra organização de extração ilegal de ouro e lavagem de dinheiro — Foto: Divulgação/PF

DIÁRIO DA AMAZÔNIA

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