
No último sábado (27), uma notícia caiu como uma bomba no meio evangélico: o pastor Sales Batista, então presidente da Assembleia de Deus Missão Marabá, foi acusado de manter uma relação extraconjugal com a nora. Diante da repercussão, ele acabou afastado do comando da igreja.
Antes mesmo de ser oficialmente retirado da presidência da Assembleia de Deus Missão Marabá, Sales Batista já havia desativado suas contas nas redes sociais, o que contribuiu para ampliar a circulação das acusações que pesavam contra ele.
Nesta segunda-feira (29), porém, o pastor rompeu o silêncio e divulgou um comunicado público. Na nota, ele não nega as acusações, pede perdão e orienta os fiéis a “orarem” por sua família.
“Com um coração humilde diante de Deus e da igreja, venho por meio desta nota pedir perdão a todos os fiéis que, de alguma forma, se sentiram entristecidos, confundidos ou feridos pelos acontecimentos recentes”, inicia Sales Batista.
Em seguida, o líder religioso afirma estar sujeito a falhas. “Reconheço que, como servo do Senhor, sou humano e sujeito a falhas, e jamais houve em meu coração a intenção de causar dor ou escândalo ao Corpo de Cristo. Ainda assim, compreendo que atitudes e decisões podem gerar impactos e, por isso, me coloco em humildade para pedir perdão à igreja, à liderança e a cada irmão desta cidade de Marabá.”
Na continuidade do texto, Sales Batista reafirma seu vínculo institucional com a igreja. “Reafirmo meu respeito à igreja local, às autoridades eclesiásticas e aos princípios bíblicos que sempre nortearam minha caminhada ministerial. Este momento tem sido tratado com oração, reflexão e temor a Deus, buscando sempre a paz, a verdade e a edificação da igreja.”
Ao final da mensagem, o pastor pede orações por sua família. “Peço que continuem orando por minha vida e por minha família, para que o Senhor conduza todas as coisas segundo a Sua perfeita vontade. Que o amor de Cristo, que tudo sofre, tudo crê e tudo suporta, permaneça nos unindo como um só corpo.”
Pastor Sales Batista
Um escândalo envolvendo a cúpula da Assembleia de Deus Missão, em Marabá, no sudeste do Pará, ganhou novos desdobramentos após o afastamento do pastor presidente Sales Batista, anunciado oficialmente na última sexta-feira (26). Desde então, o caso tem gerado forte repercussão entre fiéis e líderes religiosos da região.
Pastor presidente da Assembleia de Deus é afastado após ser flagrado com a nora
Em nota divulgada nas redes sociais, a instituição informou que Sales Batista não responde mais pela presidência da igreja e que foi iniciado o processo de transição administrativa para a definição de uma nova diretoria, conforme previsto no estatuto social da denominação. A condução do procedimento ocorre com acompanhamento da Convenção Estadual das Assembleias de Deus no Pará (Comieadepa).
O pastor é acusado de manter um relacionamento extraconjugal com a própria nora, Luciana Salles, esposa de seu filho, Kennedy Salles. De acordo com informações apuradas, o caso teria sido descoberto por Raquel Viegas, esposa de Sales Batista, após a contratação de um detetive particular.
No entanto, denúncias recebidas pelo Portal Carajás Notícias indicam que o afastamento do líder religioso pode estar ligado a uma disputa familiar, patrimonial e institucional mais ampla. Segundo essas informações, Kennedy Salles teria se aproveitado do escândalo para fragilizar moralmente o pai, concentrar poder e interferir no controle do patrimônio da família e da própria estrutura da igreja.
As denúncias apontam ainda que Kennedy teria conhecimento prévio do relacionamento entre Sales Batista e sua esposa, Luciana, e teria permitido que a situação se prolongasse como forma de pressão e coerção. A relação extraconjugal, segundo as mesmas fontes, teria durado cerca de seis anos.
As suspeitas de Raquel Viegas teriam surgido após ela perceber o desligamento frequente das câmeras de segurança da residência da família. A investigação conduzida por um detetive particular e o uso de câmeras ocultas teriam revelado indícios da participação direta do filho no suposto esquema de chantagem.
Fontes próximas ao caso afirmam que Raquel Viegas detém o controle da maior parte do patrimônio familiar e que um eventual afastamento dela das decisões estratégicas abriria espaço para que Kennedy assumisse domínio absoluto sobre os bens e sobre a condução da igreja, acirrando conflitos internos e sucessórios.
Durante as apurações, também surgiram informações sobre uma dívida estimada em R$ 500 mil nos cofres da Assembleia de Deus Missão, sem explicações detalhadas até o momento. A situação financeira teria agravado a crise institucional e aumentado a insatisfação entre pastores e membros da denominação.
Com a saída de Sales Batista, a igreja passou a ser comandada interinamente por Marcos Melo, que permanecerá à frente da instituição até a definição da nova diretoria. Em comunicado, a Assembleia de Deus Missão afirmou que seguirá rigorosamente os trâmites estatutários e reforçou o compromisso com a transparência, a responsabilidade administrativa e a preservação da instituição.
Até o fechamento desta matéria, os citados não haviam se manifestado oficialmente sobre as denúncias.
Fonte: Revista Forum





















