O senador Acir Gurgacz comemorou em discurso no plenário virtual do Senado a indicação geográfica do tipo Denominação de Origem (D.O.) para o café robusta e conilon de Rondônia, concedida pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI), com a denominação Matas de Rondônia para Robustas Amazônicos.
De acordo com o senador, esta certificação é um reconhecimento importante para a qualidade do café de Rondônia, que já tem uma alta produtividade. “Com a transição dos cafezais de Rondônia para o café clonal conseguimos aumentar a produtividade e melhorar a qualidade do nosso café, o que está sendo reconhecido no Brasil e no mundo com a conquista de certificações importantes e de mercado”, salienta Gurgacz.
A Indicação Geográfica serve para designar produtos que têm características positivas únicas e inseparáveis dos fatores que compõem a sua origem. Para os produtos agrícolas, estes fatores também são conhecidos como “terroir”, que também levam em consideração fatores como clima e solo, modo de produção, genética e aspectos culturais da população envolvida no processo produtivo.
Isso significa que o café produzido em Rondônia reúne condições especiais que só são encontradas nesses 15 municípios enquadrados nessa Indicação Geográfica, por conta do solo, clima, genética e modo de produção: Alta Floresta d’Oeste, Cacoal, São Miguel do Guaporé, Nova Brasilândia d’Oeste, Ministro Andreazza, Alto Alegre dos Parecis, Novo Horizonte do Oeste, Seringueiras, Alvorada d’Oeste, Rolim de Moura, Espigão d’Oeste, Santa Luzia d’Oeste, Primavera de Rondônia, São Felipe d’Oeste e Castanheiras.
O pesquisador da Embrapa Rondônia, Enrique Alves destaca que “o saber fazer é crucial na definição de uma Indicação Geográfica. Afinal, o fator humano e sua capacidade de modificar o ambiente, selecionar materiais genéticos e manejar lavouras, não pode ser ignorado”.
O senador Acir Gurgacz observa que essa conquista é resultado do trabalho de muita gente e é uma grande vitória dos produtores de café.
“Parabenizo, em primeiro lugar, os produtores de café de Rondônia, porque foram eles que acreditaram no potencial do plantio de café em nosso Estado quando quase não existia assistência técnica e nas primeiras safras ele rendia apenas 9 sacas por hectares”, salienta.
“Destaco também o trabalho dos pesquisadores da Embrapa, que realizaram o melhoramento genético dos cafés robusta e conilon e criaram o café clonal que hoje pode render até 35 sacas por hectare, com qualidade superior. Além do trabalho importante dos extensionistas da Emater e da Seagri, que ajudaram muito os produtores no melhoramento de nosso café”, conclui Gurgacz.
No ano passado, a cafeicultura de Rondônia se destacou no ranking nacional da aclamada premiação Coffee of The Year 2020, concurso que reúne os melhores cafés do Brasil, realizado anualmente em Minas Gerais. O café robusta de Rondônia ficou em primeiro lugar na categoria ‘Fermentação Induzida para Canéfora’.