O Ministério Público de Rondônia (MPRO) lançou, nesta quinta-feira (28), a Operação Dionísio para apurar um esquema de corrupção envolvendo a Secretaria de Juventude, Cultura, Esporte e Lazer (Sejucel). A investigação aponta crimes de contratação ilegal, peculato, fraude em licitação e falsidade ideológica na realização de eventos públicos, incluindo a Expoviola 2023 e as edições de 2023 e 2024 da Expovel.
Conforme o MPRO, mais de R$ 13 milhões foram destinados a parcerias com entidades que não possuíam capacidade técnica para gerenciar recursos públicos. A apuração revela que os eventos foram usados para beneficiar dirigentes das entidades contratadas, que superfaturaram shows, exploraram comercialmente camarotes e desviaram recursos financeiros.
Entre as medidas judiciais determinadas, destacam-se buscas e apreensões, a suspensão de repasses públicos às entidades envolvidas e o afastamento de um secretário de Estado e de uma servidora pública por 90 dias. As ações visam interromper o esquema e preservar provas que possam auxiliar na responsabilização dos envolvidos.
O nome da operação, Dionísio, faz referência ao deus grego das festas e do vinho, uma alusão aos desvios milionários em eventos destinados ao entretenimento popular.
O caso está sendo tratado como prioridade pelo MPRO, que busca garantir a transparência no uso de recursos públicos e responsabilizar aqueles que usaram de artifícios ilegais para fins pessoais. O desenrolar das investigações poderá trazer mais detalhes sobre o esquema.
Por: Povo em Alerta
