Mesmo com determinação judicial, Samar segue sem realizar procedimento em paciente em estado grave; Ameron se cala


A paciente J.F.G. continua internada sem qualquer previsão para a realização do procedimento essencial ao seu tratamento. A operadora Ameron Assistência Médica Rondônia S/A apresentou um comprovante de transferência com data do dia 24 de fevereiro, alegando que realizou a compra do insumo necessário para o exame, mas não forneceu rastreio, data de entrega ou qualquer outra informação concreta sobre a chegada do material.

Enquanto isso, a paciente permanece sob medicação paliativa para conter fortes dores de cabeça e alergias no corpo, sem qualquer avanço no tratamento, o que pode comprometer ainda mais sua saúde.

Hospital Samar também se mantém inerte

Após a divulgação da primeira matéria sobre o caso, o dono do Hospital Samar, Alexandre Brito, entrou em contato com a paciente, afirmando que estava disponível para ajudá-la. No entanto, ao ser questionado sobre a previsão da chegada do insumo necessário para o exame, manteve-se inerte, sem oferecer qualquer resposta concreta.

A situação da paciente se agrava a cada dia, e nem a operadora do plano de saúde nem o hospital demonstram interesse em solucionar o impasse, deixando J.F.G. abandonada à própria sorte.

Histórico do caso

Esta é a segunda internação da paciente. No dia 06 de fevereiro, J.F.G. foi hospitalizada pela primeira vez devido a fortes dores abdominais, permanecendo internada por dois dias antes de receber alta. No entanto, a ausência de tratamento adequado e a demora da Ameron na autorização dos exames fizeram com que seu quadro clínico se agravasse, levando a uma nova internação no dia 19 de fevereiro.

Diante da inércia da operadora, o advogado da paciente notificou formalmente o juiz sobre o descumprimento da decisão no dia 21 de fevereiro. Em resposta, o magistrado determinou a intimação da Ameron, concedendo 48 horas para o cumprimento da liminar, sob pena de multa diária e outras sanções legais. Até o momento, a operadora não cumpriu a determinação judicial.

Plano de saúde ignora contrato e coloca paciente em risco

De acordo com o processo, J.F.G. é beneficiária do plano Essencial III – Adesão desde 2022. No entanto, ao necessitar de uma colecistectomia (cirurgia de remoção da vesícula biliar), enfrentou dificuldades para obter a autorização junto à operadora. Sem alternativa, teve que recorrer ao Sistema Único de Saúde (SUS) para realizar o procedimento em novembro de 2024.

Nos meses seguintes, seu quadro se agravou. Em dezembro, apresentou fortes dores abdominais e foi submetida a uma laparotomia exploradora, que revelou alterações no trato reprodutivo. No início de 2025, novos exames indicaram comprometimento da saúde da paciente, levando a equipe médica a solicitar uma Colangiorressonância Magnética e, posteriormente, uma Colangiopancreatigrafia Retrógrada Endoscópica, exame essencial para definir o tratamento adequado.

Mais uma vez, a Ameron ignorou as solicitações médicas, mantendo a paciente internada sem perspectiva de tratamento.

Ameron segue em silêncio enquanto paciente sofre

Até o momento, a Ameron não se pronunciou sobre o caso, nem demonstrou qualquer intenção de cumprir a decisão judicial.

A falta de resposta da operadora e a demora na realização do exame expõem a paciente a riscos graves, além de escancarar a negligência da empresa no cumprimento de suas obrigações contratuais e judiciais.

O caso segue acompanhado pela Justiça, e novas medidas devem ser adotadas para garantir o direito da paciente ao tratamento adequado

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