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Domingo, 29 de setembro de 2024







Justiça nega habeas corpus a atirador acusado de matar jovem por causa de ‘cavalo de pau’ em Ji-Paraná, RO

A Justiça negou, na segunda-feira (14), a liminar que pedia a soltura de Adalton da Silva Lopes, de 56 anos. O empresário é acusado de atirar contra um carro que fazia “cavalo de pau” e matar a jovem Camila Barros Dias em Ji-Paraná (RO).

Na decisão, o desembargador Valdeci Castellar Citon levou em consideração a gravidade do delito pelo qual o empresário é acusado e a possibilidade de fuga, que poderia prejudicar o andamento do caso.

Adalton foi preso em flagrante no dia seguinte ao crime, 27 de janeiro, após confessar ter atirado contra o veículo onde Camila estava. No mesmo dia, a Justiça converteu a prisão de flagrante para preventiva e o acusado permanece preso desde então.

De acordo com a polícia, o acusado é atirador profissional há anos e possui um clube de tiro na cidade.

O crime
O crime aconteceu dia 26 de janeiro deste ano. Camila estava com uma caminhonete acompanhada de amigos, um deles menor de idade, fazendo a manobra conhecida como “cavalo de pau” em um depósito de areia de Ji-Paraná. O local fica na mesma propriedade da residência do acusado.

Eles foram a área duas vezes, na segunda perceberam que o carro estava sendo atingido por tiros e começaram a fugir. Pelo menos sete disparos atingiram a lataria do carro, sendo que um deles atravessou e atingiu o tórax de Camila. Ela chegou a ser socorrida, mas não resistiu aos ferimentos.

Em depoimento, o empresário alegou que agiu em legítima defesa, pois achou que sua propriedade estava sendo invadida. Segundo ele, algumas pessoas suspeitas vinham frequentando seu clube de tiros e em certa ocasião ele foi “seguido”. Ele também contou que a caminhonete estava arremessando pedregulhos contra a parede de sua casa.

Inicialmente, conforme o delegado responsável pelo caso, não haviam indícios suficientes para configurar um caso de legítima defesa. Segundo a polícia, como o suspeito possui certa perícia no manuseio de armas, ao atirar contra o carro, ele assumiu o risco do que poderia acontecer.

Denúncia do MP

Na última semana, o Ministério Público de Rondônia (MP-RO) apresentou denúncia contra o empresário por homicídio doloso triplamente qualificado, após conclusão do inquérito policial.

Segundo o MP, ao atirar contra o veículo, Adalton assumiu os riscos de provocar as mortes dos ocupantes, por motivo fútil e sem dar às vítimas a possibilidade de defesa, já que os tiros foram disparados enquanto eles estavam em fuga.

O Ministério ainda aponta que o crime gerou perigo para outras pessoas, já que os disparos também foram realizados contra a rodovia estadual RO-135, um condomínio e um loteamento urbano, locais de livre circulação de pessoas ou com centenas de moradores e frequentadores.

A denúncia foi encaminhada ao Tribunal de Justiça de Rondônia (TJ-RO) e pode ser julgada pelo Tribunal do Júri da comarca de Ji-Paraná.

O g1 entrou em contato com a defesa do acusado, mas não obteve posicionamento oficial sobre o caso até a última atualização desta reportagem.

Por Jaíne Quele Cruz e Victória Ferreira, g1 RO e Rede Amazônica


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