
Um caso de extrema crueldade contra animais foi registrado nesta terça-feira (26) em Barra Velha, no Litoral Norte de Santa Catarina. Um homem de 28 anos, morador do bairro Vila Nova, foi preso em flagrante após equipes da Fundação Municipal do Meio Ambiente (Fundema) e da Polícia Militar localizarem restos de cães, gatos e até ratos dentro da residência dele. Alguns dos animais estavam congelados e outros já cozidos, prontos para consumo.
Segundo as investigações iniciais, o suspeito abatia os animais para se alimentar. O caso foi descoberto após profissionais do Centro de Atenção Psicossocial (CAPS), unidade de atendimento a pessoas com sofrimento psíquico, comunicarem a ocorrência à Fundema, que organizou uma operação conjunta com a Polícia Militar.
Durante a inspeção, os agentes encontraram ossos de animais no lixo da cozinha e carne em uma frigideira. A cena levou a reforço policial imediato. “Nosso objetivo imediato foi cessar a prática e garantir a prisão do envolvido”, afirmou o presidente da Fundema, Kaiann Barentin.
No momento da abordagem, o homem reagiu e entrou em luta corporal com os policiais, sendo contido e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) de Itajaí para exame de corpo de delito. Em seguida, foi levado à Delegacia de Polícia Civil, onde teve a prisão em flagrante registrada.
A mãe do suspeito relatou às autoridades que ele mantém essa conduta há pelo menos quatro anos. Segundo ela, o filho já chegou a oferecer carne de animais a familiares, mas ninguém aceitou. Apesar do comportamento, a mulher afirmou que o rapaz é “calmo” e não faz uso de medicação.
A Fundema informou que lavrará auto de infração e encaminhará relatório técnico à Polícia Civil, que dará sequência às investigações. O CAPS seguirá acompanhando o homem em razão do histórico relatado.
No início da tarde, a Associação Barra Bicho, ONG de proteção animal, protocolou uma manifestação formal na ouvidoria da Fundema pedindo providências. “Agora, seguimos atuando para que a Justiça seja feita e para prevenir novos episódios de crueldade”, reforçou Barentin.
Imagens e informações do Jornal Razão





















