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Terça-feira, 05 de novembro de 2024







Entidade contrária ao Revalida perde médicos devido ao Covid-19

Nesse mês de outubro, morreram os médicos Maria da Consolação Dias Caldeira (13/08/2020); Jeterson Amaral dos Santos (15/08/2020; Rosicleide Teixeira Pinto Pereira (19/08/2020) e Mário Ricardo Dias Molero (21/08/2020), vítimas da Covid-19. Veja duas notas do Cremero (Conselho Regional de Medicina do Estado de Rondônia sobre o assunto em comento: “Cremero lamenta profundamente a perda de seu Conselheiro Dr. Jeterson Amaral dos Santos. Na noite desta última terça-feira (18), a classe médica de todo o Estado de Rondônia perdeu um grande homem. Entre os testemunhos de amigos que conviveram com Dr. Jeterson Amaral dos Santos, médico ginecologista e obstetra (CRM 1583) estão apenas boas lembranças e elogios tanto na vida pessoal quanto profissional. Como milhares de pessoas e centenas de médicos no Brasil, Dr. Jeterson foi acometido pela contaminação do Covid-19 e por complicações veio a falecer às 23h55 desta terça-feira. Formado pela Universidade Federal do Mato Grosso, Dr. Jeterson Amaral dos Santos fez residência médica em Brasília (UNB) e atuava com grande amor pela profissão em sua clínica e no Hospital Bom Jesus, na cidade de Ariquemes. “Perdemos um grande amigo, médico e conselheiro que sempre se dedicou a tudo que lhe competia enquanto membro do Conselho. Ele era uma pessoa muito boa, amável e sempre disposto a ajudar. Uma grande perda para todos que o conhecia”, lamentou o presidente Dr. Robinson Machado. Na Corregedoria do Cremero, era o braço direito do Conselho em Ariquemes. Sempre participava prontamente das câmaras de julgamento de sindicâncias cumprindo com suas obrigações seja como Sindicante, Instrutor, Relator e Revisor em suas nomeações. Na sua página do Face book pacientes e amigos preenchem os espaços de comentários com carinho, testemunhos, reconhecimento de gratidão e condolências à família do médico. ”

“CFM repudia nova tentativa de flexibilização do revalida. Nota aos médicos e sociedade. O Conselho Federal de Medicina (CFM) repudia nova tentativa de flexibilizar o Exame Nacional de Revalidação de Diplomas Médicos (Revalida) por meio da aprovação, no Senado, do Projeto de Lei nº 3.716/20. Esse texto, que ainda deve ser votado na Câmara dos Deputados, simplifica negativamente o processo sob pretexto de caráter emergencial ligado à Covid-19. Reitere-se que a legitimação do Revalida passou por recente debate, que culminou com a sanção da Lei nº 13.959/19, reduzindo o risco de exposição de pacientes a profissionais sem a devida qualificação. Para tanto, exige dos candidatos a aprovação em etapas consistentes de análise de documentos e realização de provas práticas e teóricas que, de modo justo, idôneo e transparente, mensuram seus conhecimentos, habilidades e atitudes. Nesse contexto, o presidente da República, Jair Bolsonaro, apoiou a edição dessa Lei e, a pedido do Conselho Federal de Medicina, vetou trecho que permitia que escolas privadas pudessem fazer a revalidação de diplomas por entender que essa tarefa deve ser exclusiva de instituições públicas de ensino. Insatisfeitos com essa conquista dos médicos e da população, há segmentos que tentam reabrir esse debate, ignorando que o Revalida protege a boa prática médica no País, sendo que exames de caráter semelhante existem em países, como Canadá, França, Reino Unido, Estados Unidos, dentre outros”.

ENTIDADE COORPORATIVA

Na minha visão, o Conselho Nacional de Medicina e suas filiadas estaduais são entidades coorporativas ao extremo no sentido de trabalhar contra a continuidade do Revalida, sendo que o último aplicado foi ano de 2015 e de lá para cá, essas entidades, vêm atuando nos bastidores para barrar a grande importância que deve ser dada ao Revalida para o reconhecimento de centenas de profissionais que estudaram em outras países o curso de medicina, os quais não tiveram condições financeiras de se formar no Brasil, em razão de cursos ministrados por várias universidades e faculdades particulares que cobram o “olho da cara” uma mensalidade de seus acadêmicos. Sabe-se que a menor não sai por menos de R$ 6.000,00 (seis mil reais), fora os livros, despesas de alimentação, transporte, aluguel de apartamento para morar, entre outras tantas que encarecem o curso de medicina em até R$ 10.000,00 (dez mil reais mensais). Ou seja, filhos da elite têm condições de cursar medicina no Brasil, enquanto os filhos da “pobreza” são discriminados, barrados, malhados pela própria entidade, para impedir que os “miseráveis” obtenham uma complementação do curso de medicina para trabalhar, sobreviver e pagar as despesas oriundas do curso que eles fizeram fora do país. Uma tremenda injustiça com aqueles que merecem seu espaço e que essa entidade vem conseguindo, aos trancos e barrancos, desde 2015, até mesmo a aplicação do Revalida em âmbito territorial brasileiro. Enquanto isso, os médicos que o Conselho Federal de Medicina os representa, estão morrendo com a pandemia e esperamos que não aconteça mais óbito senão em pouco tempo vai faltar médico brasileiro para atender as próximas vítimas do coronavírus. (Jornalista Ronan Almeida de Araújo – DRT-RO 431-98).


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