A deputada reuniu representantes dos produtores, caminheiros, setor privado e governo para mediar o problema.
O congestionamento e segregação de cargas agrícolas em Rondônia gerou preocupação da deputada estadual Cláudia de Jesus (PT), que é presidente da Comissão de Agropecuária e Política Rural da Assembleia Legislativa. Jornais de todo o país e internacionais compartilharam fotos e vídeos onde mostram mais de 1.2 mil caminhões estacionados com carregamentos no posto de combustíveis Miriam na cidade de Candeias do Jamari, distante 25 quilômetros de Porto Velho.
Para tentar mediar o problema, a parlamentar manteve reuniões com Associação Brasileira dos Produtores de Soja de Rondônia (Aprosoja) a presidência da Sociedade de Portos e Hidrovias (SOPH) vinculado ao governo e diretores da empresa Hermasa Navegação da Amazônia S.A (Grupo Amaggi). O gabinete parlamentar também esteve reunido com Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq).
A deputada visitou o local onde ficam os caminhoneiros e esteve no Porto. “Essa é uma situação que muito nos preocupa. Essas cargas paradas representam impacto muito grande na economia, no emprego e renda de muita gente. Então, estamos buscando alternativas e dialogando com todos os setores envolvidos para buscar uma solução, inclusive com mais investimentos, já que temos uma expansão da produção agrícola e maior escoamento por nosso estado”, comentou a deputada.
Entenda o caso
A safra recorde de grãos de 2024 e deste ano, somada ao atraso na colheita e à crise hídrica, causaram congestionamento no escoamento da produção agrícola que sai de Porto Velho para outros estados e países. Caminhoneiros relataram espera de até três dias para descarregar nos terminais portuários. Os prejuízos são inúmeros: empresas pagam diárias pelas cargas paradas que chegam até R$ 800 e motoristas ficam parados em locais sem estrutura adequada, quando poderia estar fazendo mais transportes.
A Sociedade de Portos do Governo de Rondônia diz que tem capacidade para embarcar 10 mil toneladas por dia, mas a demanda ultrapassa esse limite. Em janeiro, o Porto movimentou cerca de 81 mil toneladas de soja, número que mais do que dobrou em fevereiro. Com a previsão de aumento na produção em Rondônia e Mato Grosso, o Porto busca investimentos para ampliar as operações.
Francisco Costa – Jornalista – Assessoria parlamentar –