
O que começou como um sonho de 12 catadores de materiais recicláveis que trabalhavam no antigo lixão de Ji-Paraná se transformou em um exemplo de transformação social e ambiental em Rondônia. A Cooperativa dos Catadores de Materiais Recicláveis de Ji-Paraná (Coocamarji) nasceu do desejo de fazer a diferença: gerar renda, promover a inclusão social e, ao mesmo tempo, cuidar do meio ambiente.
Formada por pessoas humildes e determinadas, a cooperativa oferece trabalho digno e resgata a cidadania de seus membros. Atualmente, a Coocamarji reúne cerca de 70 cooperados e atua em diversos municípios do estado, com infraestrutura própria conquistada ao longo dos anos e, o mais importante, com o reconhecimento e respeito da população.
A virada começou em 2010, após mudanças na legislação nacional sobre resíduos sólidos. Liderados por Celso Luiz, os catadores entenderam a importância da organização para a inclusão social da categoria. Com o apoio do Poder Judiciário, fundaram a cooperativa e formalizaram suas atividades, tornando-se referência em profissionalização da coleta seletiva.
Em 2020, a cidade de Ji-Paraná firmou um convênio com a Coocamarji e se tornou modelo de coleta seletiva porta a porta. A população passou a contar com um serviço eficiente de destinação correta dos resíduos recicláveis, tanto por meio da coleta domiciliar quanto pelos ecopontos estrategicamente instalados no município.

No entanto, com a mudança na administração municipal, o convênio foi suspenso e Ji-Paraná perdeu o posto de referência para o município de Ariquemes, onde a cooperativa mantém atividades ativas, incluindo coleta seletiva e ações de educação ambiental.
Cada cooperado da Coocamarji é orientado a atuar também como agente de conscientização, instruindo a população sobre a importância da separação correta dos resíduos e como fazê-la de forma adequada.
Segundo o presidente Celso Luiz, o trabalho é diário e depende do envolvimento de todos. “Organizar o trabalho dos catadores e garantir condições dignas e direitos para esses profissionais é um esforço constante. A coleta seletiva é um direito assegurado por lei, e a população precisa estar ciente disso,” destacou.
A história da Coocamarji mostra que com organização, apoio e vontade de mudar, é possível transformar vidas e construir um futuro mais justo e sustentável.

Fonte: Assessoria


