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Terça-feira, 05 de novembro de 2024







Comissão de agropecuária retoma discussão sobre cartel da Friboi

Com o surgimento das delações premiadas, parlamentares reiteram de que os resultados da CPI foram satisfatórios…
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Presidida pelo deputado Lazinho da Fetagro (PT) a Comissão de Agropecuária e Política Rural (CAPR) esteve reunida na manhã desta quarta-feira (31), no Plenarinho da Assembleia onde retomaram a discussão relativa a Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da cartelização do boi entre outros temas relativos a produção.

O deputado Adelino Follador (DEM) reafirmou que em reunião realizada na Seagri, com participação de membros da Emater e dos deputados Lazinho e Ribamar Araújo (PR) foi debatida a questão das usinas de nitrogênio, sua manutenção e funcionamento como essencial para o desenvolvimento da produtividade.

O parlamentar também pediu que o relatório da CPI do Boi, que detectou a cartelização em Rondônia, seja encaminhado novamente ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). “Acho que agora demitiram a corja de corruptos que lá estavam”, disse Follador. Cópias devem ser reenviadas aos Ministério Público Federal e Estadual, “especialmente, após as delações que mostraram que a Friboi estava sim envolvida em várias falcatruas não só em Rondônia, mas em todo país”, argumentou.

O deputado Lazinho ironizou a resposta do CADE ao documento enviado da CPI à época, com o argumento que por insuficiência de provas não ficava provada a cartelização. “É claro que eles iriam responder isso, até porque o Joesley Batista afirmou que tinha comprado até o CADE”.

O deputado Ribamar Araújo (PR) disse que lhe chamou a atenção entrevista dada pelo deputado Hermínio Coelho (PDT), onde afirmou que o relatório da CPI não tinha dado em nada. Se mostrou indignado e pediu para que o relatório seja enviado a toda imprensa para esclarecimentos e afirmou que mais não fizeram, pois, a Comissão não tem poder de polícia nem de Ministério Público.

Ribamar afirmou que quando o representante da JBS esteve na CPI pediu respeito aos parlamentares. “Como assim, respeito, se não desrespeitamos ninguém”, exclamou dizendo que “eu só pedi que ele falasse a verdade” e que, após esta frase ele se acalmou.

“Se tivéssemos poder de polícia, ele tinha saído preso da Comissão. O relatório só comprovou o que já denunciávamos há anos que era a cartelização da Friboi em Rondônia”, complementou Ribamar Araújo.

O deputado afirmou que a Comissão foi injustiçada, quando chegaram a afirmar que os deputados foram procurados fora da Comissão pelo pessoal da Friboi. “Não fomos e se fôssemos eles somente seriam ouvidos na Comissão. Isso eu garanto”, finalizou.

O deputado Adelino, como ex-presidente da CPI do Boi, ficará responsável pela elaboração de novo ofício para reencaminhar o relatório às autoridades e imprensa. “Acho que nosso colega Hermínio está querendo um palanque para se promover e buscar aparecer na mídia”.

Lazinho disse que “uma pessoa que tem coragem de fazer algum ato semelhante, tem coragem de suspeitar dos outros. Eu já perdi minha paciência”.

Marcelino Tenório (PRP) disse que a CPI tinha um foco, que era a cartelização. E foi o que a comissão chegou a conclusão. Eles conseguiram transportar boi em pé a um preço bem abaixo para São Paulo e Paraná e venderam lá com grande lucro, sem recolher impostos em Rondônia.

Marcelino pediu para convocar Seagri e Emater para o dia 14 de junho sobre o Programa ProLeite, com a finalidade de divulgar a comunidade sobre o que é e onde estão sendo investidos os recursos do Fundo e que a Seagri traga o saldo que está disponível e quais os últimos investimentos.

 

ALE/RO – DECOM – Geovani Berno
Foto: Lusângela França


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