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Sexta-feira, 04 de outubro de 2024







Comércio se organiza para o fim de ano

SHOPPING-18-01-13-FOTO RONI CARVALHO (2) copyCom a aproximação das festas de final do ano, um dos setores que mais movimenta a economia, gerando empregos e lucros é o comércio, que já começa a busca por profissionais para o preenchimento das vagas temporárias. Esse ano, o setor deve ter um crescimento de 2,2% nas contratações temporárias para as vendas de fim de ano, segundo levantamento da Divisão Econômica da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC). A expectativa de um crescimento maior nas vendas para o Natal levou a CNC a revisar sua previsão de alta nas vagas temporárias, que antes era de 1,8%. A alta nas vendas deve elevar para 123,4 mil o contingente de trabalhadores a serem contratados. No entanto, apesar da melhora na expectativa, o aumento do faturamento ainda deverá ficar aquém dos 8,1% apurados do Natal passado, quando o comércio abriu 120,7 mil vagas temporárias.

Em Rondônia, a previsão da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado – Fecomércio-RO é de que sejam abertas 7.404 vagas no âmbito estadual. Somente na Capital, sem a inclusão das oportunidades do Porto Velho Shopping, a perspectiva é de que sejam abertas 3.200 novas vagas. De acordo com os dados do Porto Velho Shopping, cerca de 72% das lojas irão oferecer empregos para o período de Natal, com uma média de 3 vagas por loja chegando a aproximadamente 470 vagas temporárias.

Raniery Araújo Coelho, presidente da Fecomércio-RO, ressalta que apenas 23,6% dos empregadores pretendem aumentar muito o número de funcionários, logo os outros 63,4% pretendem aumentar apenas um pouco, mostrando que o nível de emprego deve continuar crescendo, mas, de forma mais moderada.

De acordo com o presidente da Associação Comercial de Rondônia, Geraldo Cavalcante, a expectativa de vagas temporárias em Porto Velho deve ser maior, comparada com 2012. “O crescimento nas vendas deve gerar um aumento de quase 22% em função da greve dos bancos. A sociedade fez uma economia forçada e agora tem dinheiro para gastar. Como o volume de compras é grande, os lojistas precisam duplicar ou triplicar o número de vendedores nos pontos de vendas, lojas e supermercados, para dar conta de atender a todos os clientes”, esclarece Geraldo.

Vagas efetivadas devem chegar a 1.500

Ainda segundo o presidente da Associação Comercial de Rondônia, em Porto Velho o número de vagas temporárias deve se aproximar de 3.700 e cerca de 1.500 dessas vagas acabam virando efetivas. Na época de comemoração natalina muita gente não procura presente e sim emprego. “Em geral as contratações começam no mês de outubro, nas grandes redes, e na segunda quinzena de novembro, nas lojas menores. Até a primeira semana de dezembro ainda são feitas entrevistas e seleções. As exigências mínimas aos candidatos costumam ser a maioridade, ter segundo grau completo e noções de informática. Alguns lojistas preferem contratar pessoas sem experiência e treiná-las. Vai depender da necessidade de cada loja”, anuncia Geraldo Cavalcante.

A analista de Recursos Humanos de uma empresa de recrutamento pessoal, Camile Batista, destaca que há oportunidade de efetivação para os temporários. “As chances são de aproximadamente 20%. O Natal é uma data em que muitos colaboradores aproveitam para deixar ou trocar de emprego, criando assim vagas para os temporários que realizarem bom trabalho. Há muitas chances. Os funcionários temporários serão avaliados e aqueles que tiverem bom desempenho poderão ser efetivados. Para conseguir ser efetivado o funcionário temporário precisa atingir a meta, ter um bom relacionamento com os colegas e clientes, ser flexível, ou seja, trabalhar em horários que ninguém quer ou fazer hora extra, nunca faltar e ser pontual. Se possível, chegar antes do horário. É preciso ainda serem pró-ativos, terem iniciativas e interesse, além de ser criativos e aceitar desafios. Não ficar aguardando ordens para trabalhar e mostrar atitude é sem dúvida um diferencial para quem quer ser contratado”, diz a analista.

COMERCIO 7 DE SETEMBRO.15-12-09.FOTO.RONI CARVALHO.JPG (20)Comércio vê Aumento nas vendas

A última versão da Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revelou que houve uma recuperação significativa do volume de vendas do varejo no bimestre julho-agosto. Após um fraco primeiro semestre, quando a receita real do varejo cresceu apenas 3,0% em relação à primeira metade de 2012, a taxa média de crescimento inter anual das vendas duplicou (+6,1% sobre o bimestre julho-agosto de 2012).

De acordo com o economista Sílvio Persivo, em Porto Velho a expectativa de crescimento de vendas é 6,0% acima do ano passado, uma vez que o percentual de famílias endividadas na capital caiu de 60,6%, em setembro, para 57,1%, em outubro, ou seja, -5,8% atingindo o menor patamar nos últimos 12 meses. Estes indicadores, na opinião do presidente da Fecomércio-RO, Raniery Coelho, podem indicar que se terá um fim de ano com um crescimento bem melhor das vendas. “Embora ainda paire algumas nuvens sobre a questão do crédito, com os aumentos da taxa Selic, a situação das famílias continua bem superior ao patamar observado no mesmo período do ano passado”, afirmou.

Ainda segundo Raniery, o Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC) dos empresários de Rondônia subiu dos 125,0 pontos em setembro para 131,2 pontos em outubro, ou seja, a confiança dos empresários do comércio aumentou 4,9% em relação ao mês passado e aumentou 2% em relação ao mês de outubro de 2012. “Esse aumento melhora muito em relação à economia e as expectativas das próprias empresas animadas. 71% dos comerciantes consideraram seus níveis de estoques adequados e isso mostra que há uma expectativa positiva com cautela que provém do aumento dos juros que podem impactar negativamente o crédito”, diz.

Raniery Coelho orienta que os consumidores gastem de maneira equilibrada. “Após as festas vem o janeiro, o mês do IPTU, do IPVA, do material escolar e outras despesas que por hora são esquecidas. Gastar de maneira equilibrada vai deixar o consumidor satisfeito e sem problemas para iniciar o próximo ano”, finalizou Raniery.

COMERCIO-EMPREGO-VANUSA-25-10-13-FOTO.RONI CARVALHO (27) copyTrabalho Sem experiência, mas feito com dedicação

Monique Maciel, gerente de uma loja, conta que faz contratações temporárias todos os anos e destaca que sempre ocorrem efetivações. “Esse ano eu espero abrir até três vagas temporárias e possivelmente uma dessas será efetivada. Acho que os candidatos devem considerar a oportunidade temporária como se fosse efetiva, pois existe chance real de contratação. Jovens sem experiência também têm chances de serem chamados para uma vaga temporária no fim de ano, só precisam ser dedicados”, diz.

De acordo com André Tiago, gerente de loja de confecções, acredita que para quem está procurando emprego, as vagas temporárias de fim de ano são uma ótima oportunidade para conseguir entrar no mercado de trabalho. “Os temporários começam a trabalhar na segunda quinzena de novembro, quando aumenta o movimento no comércio. Esse ano vamos contratar uns 15 vendedores temporários, porém a contratação por tempo determinado é comum, porque há mais necessidade de gente trabalhando”, explica André.

Temporário também tem seu direito

Para quem quer se candidatar a uma destas vagas é importante saber que o trabalhador temporário tem os mesmos direitos e benefícios que um funcionário contratado pelo regime da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), como o registro em carteira na condição de temporário, remuneração equivalente à recebida pelos empregados da mesma categoria na empresa tomadora, férias proporcionais, em caso de dispensa sem justa causa ou término normal do contrato de trabalho temporário, um terço de férias, 13° salário, FGTS (Fundo de Garantia do Tempo de Serviço); e o período conta para a aposentadoria.

Os temporários têm contrato de três meses, que pode ser prorrogado pelo mesmo período. Outros direitos dos temporários são a jornada de oito horas remuneradas, as horas extras com acréscimo de 20%, o repouso semanal remunerado, os benefícios e serviços da Previdência Social e o vale-transporte, caso o trabalhador venha a optar pelo benefício. Também têm direito aos adicionais de insalubridade, periculosidade e por trabalho noturno, quando houver.

A diferença é que os temporários não têm direito ao aviso prévio nem aos 40% de multa do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) ou a qualquer outra estabilidade como a da gestante e do acidentado no trabalho, por se tratar de um contrato com prazo determinado. O trabalho temporário é regido pela Lei nº 6.019, de 3 de janeiro de 1974, e no capítulo sobre trabalho da Constituição Federal de 1988. A Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) é utilizada somente nos casos em que a lei para ela remete.

Logo-ha-vagas copyTrabalhadores querem emprego permanente

A vendedora Luzinete Epifania, ingressou como temporária em uma loja do Centro em dezembro passado e acabou efetivada. Luzinete conta que o interesse demonstrado pelo trabalho foi decisivo para sua contratação. “Eu não tinha experiência na área de vendas, trabalhava como manicure, acho que fui contratada porque tive dedicação e força de vontade. Também tenho facilidade de expressão, gosto de vendas. É importante procurar [emprego] em uma área em que você se destaque, que realmente goste”, opina.

A operadora de caixa Gleise Viera, que também foi efetivada após o período de festas de fim de ano, explica que sua dedicação e comprometimento foram fundamentais para sua contratação. “ Quando eu fui contratada existia uma vaga para ser preenchida como efetiva, porém eu tinha duas concorrentes. Mostrei todo meu potencial dentro da loja e fui contratada”, relembra.

A vendedora Vanusa Telles acabou de ser contratada como temporária. Seu grande objetivo é tornar-se efetiva na loja. “Espero muito que depois de janeiro eu seja contratada efetivamente. Pretendo bater todas as metas e conseguir destaque entre as outras vendedoras que serão contratadas até dezembro. Sei que tenho oportunidade e vou aproveitar e garantir um emprego fixo”, diz Vanusa.

TEXTO: Laila Moraes FOTOS: Roni de carvalho/Diário da Amazônia
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