Encerrou ontem em todo Estado a 36ª Campanha de Vacinação contra Febre Aftosa, em bovinos e bubalinos de zero a 24 meses. Ji-Paraná atingiu uma adesão de 78%. A previsão da Agência de Defesa Sanitária Agrossilvopastoril de Rondônia (Idaron) é de imunizar um rebanho estimado de 12,2 milhões cabeças no Estado. Produtores que não cumpriram o dever de casa estão sujeitos à multa de R$ 132,62 por cada animal não-vacinado, com valor igual aplicado a quem não declarar até o dia 22.
Na agência de Ji-Paraná a movimentação foi baixa em relação a dias anteriores, apenas 46 produtores compareceram à Idaron até as 11h. A média diária é de 200 atendimentos, sendo 179 registrados na segunda-feira.
“Essa é nossa 36ª Campanha com uma participação bastante relevante principalmente aqui em Ji-Paraná, envolvendo uma média 78% dos produtores e pecuaristas, resta agora somente 700 declarações para atingirmos nossa meta. É extremamente importante isso para que continuemos com nosso status de zona livre sem febre aftosa”, alertou Adeildes Rodrigues Gomes, veterinária da Idaron.
A campanha iniciada no dia 15 encerrou ontem. O produtor rural Antônio Carlos, que sempre participou das campanhas, reconhece a importância de garantir a sanidade do rebanho. “É nossa obrigação vacinar o rebanho. Não podemos permitir que uma ameaça como a aftosa, de efeito tão devastador venha comprometer nossa economia inviabilizando a comercialização da carne e leite, em Rondônia”, advertiu.
Ji-Paraná, que tinha o quinto maior rebanho do Estado, perdeu posição no ranking rondoniense, hoje é o sexto com 424 mil bovinos espalhados em três mil propriedades rurais.
O calendário de vacinação não sofrerá mudanças, e a agência Idaron pretende aproveitar a campanha e refazer a contagem do rebanho no Estado, pois acredita que animais morreram por conta da cheia, em Rondônia. “Um rebanho vacinado traz uma segurança muito grande para nós produtores. Devemos sempre estar atentos ao calendário de vacinação. Hoje não temos a doença, mas isso não significa que vamos baixar a guarda”, disse Anísio Xavier, produtor rural.
A equipe de Ji-Paraná está otimista com a 36ª campanha, o que reforça as ações em Rondônia, que conquistou em 2003 o status de área livre de febre aftosa com vacinação, junto a Organização Internacional de Epizootias, desde então ampliou as ações de combate à febre aftosa.
O produtor Áureo Teodoro da linha 206, sempre participa das campanhas, garantindo a proteção de todo seu rebanho estimado em 271 cabeças de gado, é qualidade vida para família e dinheiro no bolso.
“A vacinação é responsabilidade de todos nós. Só um insano não vacina seu gado. Essa é uma consciência que devemos ter sempre, independente de campanha, na verdade ela é só para nos lembrar de nossa responsabilidade”, explicou Áureo.
Hoje Porto Velho lidera com rebanho com 707 mil, Jaru tem 507 mil, Nova Mamoré 471 mil, Buritis 440 mil, São Francisco 428 mil e Ji-Parana com 424 mil. O Estado exporta para mais de 30 países e caminha para atender mais um mercado, o do Continente Europeu.
Wilson Neves – Repórter do Diário da Amazônia – Foto: Fábio Souza
