A rodovia BR-319, que liga Manaus a Porto Velho, em Rondônia, e é historicamente sinônimo de dor de cabeça devido às péssimas condições da estrada, os entraves ambientais e promessas de investimento de políticos em época de eleição, ficará mais um longo período fora dos planos de infraestrutura do governo federal.
Ontem (29), o ministro de Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, anunciou uma série de investimentos em rodovias federais de todo o País, num pacote de obras com valores que giram em torno dos R$ 100 bilhões. Porém, a rodovia “problema” no Amazonas, a BR-319, não foi incluída nos projetos.
À Folha de S.Paulo, o ministro de Infraestrutura disse que parcerias com o setor privado seriam a principal “alavanca” para as obras. “Já temos os quatro próximo anos projetados”, afirmou ele, citando tanto obras de rodovias inclusas no PPI (Programa de Parcerias de Investimentos), quanto novos trechos, como as rodovias BR-381 (Minas Gerais), BR-262 (Espírito Santo), BR-163 (Pará), BR-230 (Pará), BR-476 (Santa Catarina) e BR-280 (Santa Catarina).
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Mesmo fora do pacote de obras, o ministério da Infraestrutura confirmou para a próxima terça (5) uma reunião com deputados federais e senadores do Amazonas para discutir a recuperação da BR-319, conforme informações repassadas assessoria de imprensa do deputado federal eleito Delegado Pablo Oliva (PSL). Segundo a assessoria do parlamentar, a solicitação da reunião foi feita durante encontro com o ministro Tarcísio Freitas, em Brasília.
BR-319
A amazonense BR-319 foi construída nos anos de 1970, na época do regime militar, com ideia de ocupação da Amazônia e controle estratégico da região, mas a manutenção da estrada sempre esbarrou nas questões ambientais. Órgãos como o Ibama fazem diversas exigências no tocar das obras da BR-319 devido aos impactos ambientais e às comunidades tradicionais que vivem naquela região.
