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Sábado, 20 de julho de 2024








Bolsonaro diz que Jesus Cristo ‘não comprou pistola porque não tinha’

Em um encontro com apoiadores evangélicos, reunidos no Palácio do Alvorada, no dia 16/06/2022, disse, aos presentes, o seguinte: “Jesus não comprou pistola porque não tinha”. Esta afirmação não é verídica. Pelo contrário, é diferente e inúmero capítulos da Bíblia detalham, com precisão, que Cristo sempre foi contrário à violência e um grande amigo da paz, usando seus exemplos de vida como a verdadeira “arma” de combate à desigualdade, miséria, pobreza, idolatria, escravidão, etc., que havia em sua época. Se Jesus tivesse usado arma de fogo para propagar a palavra de salvação, dada por Deus, obviamente, que essa pessoa não poderia se chamar “aquele que veio ao mundo salvar os pecadores”. O criador maior não teria o escolhido para ser o seu representante aqui na terra. Não seria urgindo pelo Espírito Santo para ser batizado por João Batista, no Rio Jordão, divisa de Israel, com a Jordânia, logo nas mãos de um simples homem, que nem roupa tinha para se vestir, não comia direito porque era muito pobre e sem dinheiro, não havia nem casa para morar, tamanha à sua falta de recursos para sobreviver. Jesus não pregava a violência, mas sim o amor entre as pessoas.

O ódio tinha que combatido com mansidão, respeito, tolerância e amabilidade. Jesus era o oposto do mal, razão pela qual ele, o inimigo do bem, não conseguiu convencê-lo a aceitar suas armadilhas contra as pessoas, notadamente àquelas mais próximas dele, como os apóstolos, os seus discípulos e tantos seguidores apaixonados pelas suas pregações proféticas e espirituais de que o amor sempre vencerá o mal, o que, de fato, aconteceu com ele, naquele momento terrível onde o mal o perseguiu por mais de 40 dias, se oferecendo para lhe alimentar, tornar-se o “rei de um exército cheio de soldados muito armados”. Toda essa tentação foi recusada porque Cristo queria exatamente fazer diferente, onde o mal o deixou para sempre, tamanha a insistência de Jesus de não se descuidar de fazer o bem a todos os homens e mulheres da terra. A passagem mais simbólica de que o amor sempre vencerá o mal pode ser buscada. Jesus sabia exatamente tudo que iria acontecer, do primeiro ao último dia, até aos 33 anos de vida. Veja: “Como Jesus soubesse tudo o que havia de lhe acontecer, adiantou-se e perguntou-lhes: “A quem buscais? ”. (João, 18).

Prestes a ser preso, próximo de Jerusalém, havia um lugar muito bonito, chamado de Jardim de Cedron, onde procurou para rezar e descansar (dormir), pois já sabia que, horas mais tarde, seria preso pelos soldados comandados por Ceifás, que era o sumo sacerdote daquela época, do mais alto posto religioso do antigo povo de Israel, do qual coordenava o culto e os sacrifícios no Templo de Jerusalém, chegaram os soldados para prendê-lo e, imediatamente, Simão Pedro, que tinha espada, puxou dela e feriu o servo do sumo sacerdote, decepando lhe a orelha direita, que era chamado de Malco, sendo que Jesus, imediatamente, o reprendeu, pedindo para ele guardar a arma porque era um homem de paz, do bem, e quem só pensa no amor, não sobra tempo para “destilar veneno contra o irmão (próximo)”. Em seguida, Jesus passou o maior sofrimento de sua vida: a morte na cruz, que era um modo de “pena” aplicada mais àqueles que eram considerados culpados por “conspirar” contra o Império Romano, comandado por Júlio César, que escolher Herodes como governador de Jerusalém (Israel).

Jesus chorou, copiosamente, quando disse que havia chegado a sua hora e que sua morte representaria um convite à conversão, completando, assim, o ciclo determinado por Deus, o condutor geral e máxima de todos os povos, a começar por Cristo, que ficou na terra, após sua morte na cruz, por mais 40 dias, até partir, em definitivo, para o céu, onde está ao lado do criador de tudo, com as bênçãos do Espírito Santo. Antes de sua crucificação, entregue aos “doutores da lei”, que pediram sua morte, Jesus nada disse aos seus algozes, porque não adiantava nada em razão de não mudar o que já havia decidido pelas autoridades que queriam ver o mais rápido o “fim” daquele que foi considerado inimigo número um do povo judeu. Quando Jesus se entregou, totalmente, ao pai celestial, estava ali completando sua missão árdua na terra em favor do povo, em geral, sem discriminação, sem raça, sem ideologia, sem preconceito, sem classe social, mesmo se dedicando quase que totalmente aos mais fracos, abandonados, miseráveis, desassistidos, marginalizados, etc.

Cristo viveu seus 33 anos, uma vida pública, sem abandonar qualquer tipo de gente que acreditava em suas palavras de amor, de oração e santidade. Jamais pediu a alguém para usar arma para se defender. Incentivava a todos para que os seus exemplos fossem a maior ferramenta de luta contra qualquer tipo de violência. Não nos esqueçamos do que afirmou: “Se alguém lhe der um tapa, ofereça a outra face”. Nunca foi paladino da vingança, do ódio, do olho pelo olho. Ela contra qualquer tipo de radicalismo, de golpismo, de enganar as pessoas, de se vangloriar do que fazia. Quando realizava um milagre, a primeira coisa que pedia à pessoa que recebia o milagre, era para não contar nada para ninguém.

Porque não precisava de elogio, de ganhar dinheiro com sua missão. Não dispensava um convite para almoçar na casa de um conhecido para continuar sua andança nas terras quentes e frias do deserto a levar o Evangelho a todos e a todas. Enfim, Jesus veio para dizer à sociedade que violência gera violência, que usar arma incentiva a adquirir outra arma, que se armar é o mesmo que ficar atento para atacar alguém, um inimigo e um contrário às suas ideias. Foram elas que balizaram sua rápida passagem na terra como modelo de um verdadeiro cidadão que para viver não precisa se armar, pois a arma mais poderosa está no modo simples de viver, de caráter, de honestidade e de levar seriedade a qualquer atividade humana, desde um simples vendedor de banana na feira, a um chefe de uma nação. (Jornalista Ronan Almeida de Araújo).


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