A Polícia Civil informou que encontrou o corpo da bebê Í. H., enterrado em uma área do bairro Duas Pontes, de Itapira (SP), nesta quarta-feira (29). A menina estava desaparecida desde 2 de março.
Segundo a Guarda Municipal, a mãe da bebê, J. N. P., afirmou que enterrou o corpo da menina, e não que o jogou em um rio, como havia dito quando admitiu o crime.
Depois da mudança de versão, o corpo foi encontrado e levado para o Instituto Médico Legal (IML) de Mogi Guaçu, informou a guarda.
Após a localização, os investigadores da Polícia Civil fizeram diligências na cidade antes de retornarem para a delegacia de Mogi Guaçu, que investiga o caso.
Resumo
A bebê, de 1 ano e 10 meses, desapareceu em 2 de março, nasceu prematura, com microcefalia, e tomava remédios controlados.
A princípio, a mãe disse que a menina sumiu depois que ela saiu de casa e deixou com o avô da criança. A mãe afirmava, que, ao voltar, a porta da casa estava aberta e não achou mais a bebê.
A mãe mudou a versão dos fatos após ser presa. Ela disse que a filha estava doente, e que deu mamadeira e a colocou para dormir de barriga para cima. No dia seguinte, encontrou a criança morta.
Segundo a polícia, a mulher afirmou que ficou com medo e decidiu jogar o corpo da filha no rio.
No entanto, depois ela revelou que enterrou o corpo, o que permitiu a localização.
A mulher está presa preventivamente.
Prisão preventiva
Em 24 de abril, a 1ª Vara de Itapira decretou a prisão preventiva da mãe da bebê, após aceitar denúncia oferecida pelo Ministério Público pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação de cadáver e falsa comunicação de crime.
A suspeita confessou o crime contra a filha, de acordo com a Secretaria da Segurança Pública do Estado de São Paulo (SSP-SP). Um dia depois da confissão, o advogado que até então atuava na defesa dela decidiu renunciar porque, segundo ele, houve “quebra de confiança” diante da confissão.
A mulher está presa desde 17 de abril, quando foi decretada a prisão temporária dela por cinco dias para que dar andamento à investigação.
Contradições
A princípio, a mãe afirmou que a menina havia sumido enquanto ela saiu para sacar dinheiro com a avó da criança. No relato da mãe à época do desaparecimento, a criança teria ficado na casa com o avô, que a família desconfia sofrer de Alzheimer. A mãe afirmava, então, que, quando voltou, a porta da casa estava aberta e a bebê não estava mais no local.
Segundo a polícia, após ser presa e notar que a polícia já havia identificado inconsistência nos depoimentos dela, a mãe mudou a versão dos fatos. Ela afirma no novo depoimento que a filha estava doente na noite anterior, com febre, e ela deu mamadeira e colocou a criança para dormir de barriga para cima.
No dia seguinte, às 6h da manhã, a mãe teria percebido que a criança se asfixiou e morreu. Segundo a polícia, a mãe afirmou, então, que ficou com medo e decidiu jogar o corpo no rio.
G1