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Sábado, 02 de novembro de 2024







AGRO: Galileu aponta: “suicídio” agrícola e a escassez de recursos naturais podem atingir a parte central de Rondônia

De acordo com a versão online da Revista Galileu, a situação de seca atual na Amazônia, que atingiu um novo nível de gravidade neste ano, é influenciada por duas condições climáticas excepcionais: a temperatura anormalmente alta das águas do Atlântico Norte e a presença do fenômeno El Niño. Apesar das condições climáticas notáveis, é possível observar as marcas humanas nessa tragédia ambiental.

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“Agro-suicídio”: desmatamento põe em risco agronegócio e segurança alimentar

A rápida progressão da seca e sua intensidade destacam a necessidade urgente de ações de resposta e medidas de apoio para enfrentar essa crise. Nesse contexto, a proteção da floresta amazônica não é apenas vital para a biodiversidade e o bem-estar das comunidades locais, mas desempenha um papel fundamental na estabilidade do clima local e regional, bem como na sobrevivência do agronegócio e na segurança alimentar global.

A parcela do agronegócio que apoia uma agenda antiambiental está desafiando a capacidade e limites da natureza e pode ser diretamente afetada por transformações que impactam a agricultura e a segurança alimentar não só do Brasil, mas de todo o mundo.

Pesquisas extensivas na Amazônia e Cerrado têm revelado as intrincadas interações entre desmatamento, mudanças climáticas e as economias locais, regionais e globais. Os estudos realizados pelo grupo de pesquisadores das Universidades Federal de Minas Gerais (UFMG) e de Bonn, na Alemanha, indicam que a atual trajetória de desmatamento está diminuindo a capacidade da Amazônia e do Cerrado em regular os padrões de chuva, colocando os sistemas agrícolas do país, predominantemente de agricultura de sequeiro (alimentada por chuvas), no caminho do “agro-suicídio”.

A chuva gerada pela floresta da Amazônia, da qual o agronegócio depende, está se tornando cada vez mais escassa devido à perda generalizada de floresta, resultando em perdas hidrológicas e econômicas. Esses efeitos já são uma realidade: em 2019, um quarto do sul da Amazônia brasileira atingiu o limite crítico de perda de floresta, comprometendo até 48% do volume total de chuvas em algumas regiões.

As áreas mais afetadas são grandes regiões produtoras de soja ou com potencial de expansão agrícola no futuro, como as regiões Nordeste e Sudeste do Estado do Pará, Oeste do Estado do Maranhão, parte central de Rondônia e principalmente o cinturão da soja no norte do Mato Grosso. Se o desmatamento continuar no mesmo ritmo, as perdas anuais podem chegar a R$ 5,7 bilhões, conforme estima o estudo realizado.

Por Rondoniadinamica
Com informações da Revista Galileu


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