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Sonho centenário começa a se tornar realidade: obras da Ponte Binacional Brasil–Bolívia são iniciadas em Guajará-Mirim





Após mais de um século de espera, foi dado o pontapé inicial na construção da tão sonhada Ponte Binacional Brasil–Bolívia, que vai ligar Guajará-Mirim (RO) a Guayaramerín (Bolívia). A obra histórica, integrante do novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, promete transformar a economia e fortalecer a integração entre os países do Mercosul.


A cerimônia que marcou o início das obras aconteceu na manhã desta sexta-feira (17), em Guajará-Mirim, reunindo lideranças brasileiras e bolivianas. A ponte é considerada uma das maiores e mais simbólicas obras do governo do presidente Lula em Rondônia, com previsão de conclusão em 15 de março de 2028, dentro do prazo de 1.260 dias.


Durante o evento, um vídeo institucional apresentou os impactos econômicos e sociais do projeto. O senador Confúcio Moura (MDB), um dos principais defensores da inclusão da ponte no PAC, celebrou a concretização desse marco histórico. Segundo ele, “a ponte simboliza o sonho de integração entre povos que compartilham laços culturais, sociais e econômicos há gerações”.


Uma ponte que une povos, histórias e oportunidades

O empreendimento prevê 1,22 km de extensão e 17,3 metros de largura, com investimento estimado em R$ 421 milhões. O contrato contempla a construção da ponte, os acessos e os complexos de fronteira. No lado brasileiro, o trajeto conectará o Rio Mamoré à BR-425/RO, em um trecho de 3,7 km. Já na Bolívia, o acesso de 6 km será executado pelo governo boliviano, ligando a cabeceira da ponte à rodovia local.

Mais do que uma estrutura de concreto e aço, a ponte representa integração econômica, social e diplomática. Ela vai facilitar o escoamento da produção brasileira rumo aos portos do Pacífico, tornando Rondônia um importante corredor logístico do continente.

Para a Bolívia, o projeto cumpre um antigo compromisso firmado no Tratado de Petrópolis (1903), garantindo acesso ao oceano Atlântico através do território brasileiro, via Porto de Porto Velho.

Desenvolvimento e geração de empregos

A expectativa é que a obra gere até 5 mil empregos diretos e indiretos, além de movimentar o comércio local e impulsionar a arrecadação dos municípios. Apenas neste primeiro ano, estima-se a criação de 200 a 600 vagas diretas de trabalho.

Além do impacto econômico, a ponte vai estimular o turismo, facilitar a mobilidade e aproximar comunidades fronteiriças, promovendo inclusão social e novas oportunidades de renda.

Uma conquista histórica para Rondônia e o continente

Durante a solenidade, estiveram presentes diversas autoridades, entre elas o prefeito Fábio Netinho (Republicanos), o ex-senador Acir Gurgacz (PDT), prefeitos da região, o governador do Departamento do Beni, representantes do DNIT, e as deputadas estaduais Dra. Taissa (PL) e Cláudia de Jesus (PT), que destacou a importância do projeto para o futuro da região amazônica.

“Esta ponte representa mais que uma obra de infraestrutura — ela é um símbolo de integração, progresso e esperança para os povos da fronteira”, afirmou Cláudia de Jesus.

Com as máquinas já em operação, Guajará-Mirim e Guayaramerín dão um passo histórico rumo a um novo ciclo de crescimento, união e desenvolvimento continental — transformando um antigo sonho em realidade.

Por Povo em Alerta












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