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Feminicídio: homem mata ex-namorada a tiros e é morto pelo atual companheiro da vítima





Um caso brutal de feminicídio seguido de morte foi registrado na manhã desta segunda-feira (13), em Nobres (a 122 km de Cuiabá). O crime aconteceu por volta das 7h, quando Luciano Oliveira de Sousa, de 32 anos, invadiu a casa da ex-namorada, Jucieli Ribeiro Caju Boa Morte, de 30 anos, e a assassinou a tiros. Em seguida, o criminoso foi morto pelo atual companheiro da vítima, que reagiu em legítima defesa.

De acordo com a Polícia Militar, o casal saía de casa, no bairro Jardim Petrópolis, quando foi surpreendido por Luciano, que os rendeu e os obrigou a retornar para dentro da residência. Eles tentaram se trancar, mas o agressor efetuou disparos contra a janela e invadiu o local usando uma barra de ferro.


Dentro da casa, houve luta corporal, momento em que Jucieli foi baleada duas vezes. O companheiro dela conseguiu reagir, desarmou o criminoso e atirou contra ele, que morreu ainda no local. A vítima chegou a ser socorrida e levada para o hospital municipal, mas não resistiu aos ferimentos.



Histórico de violência

O assassinato aconteceu um mês após Luciano ter espancado Jucieli dentro do restaurante onde ela trabalhava, em Rosário Oeste, às margens da BR-163. Câmeras de segurança registraram a agressão, mostrando o momento em que o homem segura a vítima pelo pescoço e a joga no chão.


Na ocasião, Jucieli registrou boletim de ocorrência, solicitou medidas protetivas, e a Polícia Civil chegou a pedir a prisão preventiva do agressor — mas o pedido foi negado pela Justiça.

Segundo o delegado Marcos Vinícius Ferreira, que acompanha o caso, Luciano não aceitava o fim do relacionamento e já havia agredido a vítima em outras ocasiões.


Reincidência e medidas protetivas anteriores

Luciano Oliveira já tinha histórico de violência doméstica contra mulheres. Em fevereiro de 2021, uma ex-esposa dele, com quem teve uma filha, registrou denúncia na Delegacia da Mulher de Barra do Garças e obteve medidas protetivas após ser perseguida e ameaçada.

Segundo o depoimento, ele dizia que “mataria todo mundo e depois se mataria” se a mulher se envolvesse com outra pessoa. Por conta das ameaças, a vítima e a filha passaram a receber acompanhamento psicológico.

Em fevereiro de 2024, Luciano chegou a ser preso por violência doméstica, mas foi solto posteriormente.


Planejamento e execução

Antes de cometer o feminicídio, Luciano dopou a atual namorada, uma policial militar, e roubou o carro e a arma dela para usar no crime.

As investigações indicam que o homem agiu de forma premeditada, utilizando o armamento da policial para executar o ataque.

A Polícia Civil investiga o caso como feminicídio seguido de morte decorrente de legítima defesa, e deve apurar as circunstâncias que levaram ao crime, incluindo possíveis falhas no cumprimento das medidas protetivas solicitadas pela vítima.


🕊️ Jucieli Ribeiro Caju Boa Morte é mais uma vítima da violência de gênero que assola o país. O caso reacende o alerta sobre a necessidade de fortalecimento das políticas públicas de proteção às mulheres e o rigor no cumprimento das medidas judiciais contra agressores reincidentes.












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