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Vereador de Ji-Paraná volta a ser denunciado por importunação sexual e pede afastamento do cargo





Uma nova denúncia contra o vereador Willian Cândido (Republicanos) voltou a chocar a população de Ji-Paraná (RO) e reacender o debate sobre impunidade e ética na política local. O parlamentar, que já responde na Justiça por acusação de duplo abuso sexual infantil, foi novamente denunciado — desta vez por ato obsceno e importunação sexual contra uma jovem moradora da cidade.


O novo caso


O episódio ocorreu na noite de sexta-feira (10) para sábado (11), na Rua Goiânia com T-18, no bairro Nova Brasília. Segundo o boletim de ocorrência, a vítima estava em frente à sua casa tomando tereré quando o vereador — que é seu vizinho — teria abaixado as calças e se masturbado, fazendo gestos obscenos em sua direção.


A mulher relatou que o parlamentar já havia obtido seu número de telefone e a importunava com mensagens de teor sexual. A Polícia Militar foi acionada e localizou o vereador nas proximidades. Ele apresentava sinais de embriaguez e foi levado para a Unidade Integrada de Segurança Pública (Unisp), onde permaneceu à disposição da Justiça.

Histórico de denúncias e impunidade

Willian Cândido já é investigado pelo Ministério Público de Rondônia (MPRO) e pela Polícia Civil por suposto envolvimento em abusos sexuais contra duas crianças. Mesmo com as denúncias e provas no inquérito, a Câmara Municipal de Ji-Paraná decidiu manter o mandato do vereador, com 16 votos contrários à cassação.

A decisão gerou revolta e protestos da população, além de manifestações de movimentos de mulheres e entidades sociais, que cobram uma postura mais rigorosa das autoridades.

“É inaceitável que um representante do povo, com esse histórico, continue exercendo o mandato. Isso é um desrespeito às vítimas e à sociedade”, afirmou uma integrante de um coletivo de mulheres de Ji-Paraná.

Repercussão e afastamento

Com a nova prisão e a repercussão negativa, o vereador Willian Cândido pediu afastamento de 90 dias do cargo, alegando motivos particulares. O pedido foi apresentado um dia após sua detenção.

Em nota oficial, a Câmara Municipal classificou a conduta do parlamentar como “absolutamente incompatível com a postura ética e moral de um agente público”, e informou que acompanha o caso junto às autoridades competentes.

Internamente, fontes indicam que a Mesa Diretora pressionou o vereador a se afastar para evitar danos maiores à imagem da Casa de Leis.

Contradição e crise de imagem

Willian Cândido, que também atua como professor da Escola Dominical da Assembleia de Deus, era visto como um líder religioso exemplar. No entanto, o acúmulo de denúncias e a repercussão estadual dos casos colocaram sua imagem pública em colapso.

Em nota, o vereador reconheceu “a gravidade dos fatos” e afirmou que precisa “se dedicar à própria defesa”, negando os crimes.

Próximos passos

A Polícia Civil segue colhendo depoimentos e analisando novas provas. O Ministério Público deve analisar a reincidência e avaliar novas medidas judiciais, que podem incluir pedido de prisão preventiva e cassação definitiva do mandato.

Enquanto isso, a sociedade civil e movimentos sociais prometem mobilizações nas próximas semanas, exigindo que o caso não seja abafado e que a Justiça prevaleça sobre os interesses políticos.

O espaço está aberto para a defesa Wilian Cândido. Assim que houver, nosso site atualizará a reportagem com as explicações do político.












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