
A cidade de Vilhena (RO) amanheceu em luto nesta quinta-feira (31) com a trágica notícia da morte de Guilherme Marcelino Gomes Florêncio, de apenas 14 anos, executado com pelo menos cinco tiros na rua 7.605, bairro Assossete, nas proximidades do mercado Trevo, por volta de 00h15 da madrugada. O caso é tratado como homicídio qualificado e está sendo investigado pela Polícia Civil com apoio do Núcleo de Inteligência da Polícia Militar.
Segundo informações apuradas pelo Rota Policial News, Guilherme trabalhava como garçom em uma pizzaria na avenida Brigadeiro Eduardo Gomes e morava no bairro Araucária. Na noite do crime, ele teria deixado o trabalho com um amigo, mas decidiu seguir sozinho. Em vez de retornar para casa, atravessou o bairro e foi até o Assossete, levantando a suspeita de que possa ter recebido uma mensagem ou marcado um encontro antes de ser assassinado.
A mãe do adolescente, preocupada com a demora do filho, iniciou buscas por conta própria e chegou a abordar uma guarnição da Polícia Militar. Ao mostrar a foto de Guilherme, recebeu a notícia de que o filho havia acabado de ser encontrado morto.
Quando chegaram à cena do crime, os policiais localizaram o corpo do jovem caído na via pública, com cerca de cinco perfurações de arma de fogo. A perícia recolheu seis cápsulas de munição calibre .40 – armamento de uso restrito – o que reforça a gravidade do crime. A área foi isolada para os trabalhos da Polícia Técnico-Científica (POLITEC), que confirmou os ferimentos por arma de fogo. O corpo foi removido pela funerária de plantão e encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para necropsia.
Guilherme: trabalhador, estudioso e querido
De acordo com familiares, Guilherme era um adolescente tranquilo, trabalhador e muito educado. Estudava, ajudava em casa e tinha muitos amigos. Apesar disso, informações ainda não confirmadas indicam que ele teria começado a fazer uso de maconha recentemente. A polícia acredita que o conteúdo de seu celular poderá trazer pistas sobre ameaças, contatos e possíveis motivações para o homicídio.
Motivação e autoria sob investigação
Até o momento, ninguém foi preso. A Polícia Civil trata o caso como execução e trabalha com a hipótese de envolvimento com o tráfico de drogas, possivelmente motivado por dívidas. As investigações seguem em sigilo para preservar o andamento das diligências, que já estariam bem avançadas, segundo fontes policiais.
Este é o 39º assassinato registrado em Vilhena apenas em 2025, número alarmante que reforça a urgência por ações mais enérgicas no combate à violência urbana.
Velório
O velório de Guilherme será realizado na Capela Mortuária Cristo Rei na tarde desta quinta-feira, e o sepultamento deve ocorrer entre 16h30 e 17h30, conforme informações preliminares repassadas pela família.
A comunidade está abalada com a brutalidade do crime, e amigos e parentes cobram justiça.
Denúncias anônimas
A Polícia solicita que qualquer informação que possa ajudar nas investigações seja repassada de forma anônima pelos canais oficiais. O sigilo é garantido.
A morte de Guilherme deixa um vazio profundo entre familiares e amigos, e é mais um triste reflexo da escalada da violência que assola o município de Vilhena.


