Na noite de sexta-feira (28), o Ministério Público do Estado de Rondônia (MPRO), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), em articulação com o Gaeco de São Paulo e a 1ª Delegacia de Polícia de Capturas do Estado de São Paulo, cumpriu 8 ordens de prisão contra um ex-parlamentar da Assembleia Legislativa de Rondônia (ALERO). Os mandados, cadastrados no Banco Nacional de Medidas Penais e Prisões (BNMP) entre 2019 e 2024, foram emitidos por Juízes e Desembargadores do Tribunal de Justiça de Rondônia (TJRO) e incluíam crimes como associação criminosa, corrupção passiva, peculato e concussão.
Dos 8 mandados, 5 foram emitidos por condenações transitadas em julgado, 1 por prisão preventiva decorrente de condenação não transitada em julgado, 1 por prisão preventiva e 1 por revogação de benefício pelo Juízo da Vara de Execução de Penas e Medidas Alternativas de Porto Velho (VEPEMA). A soma das penas já confirmadas pela Justiça chega a 72 anos, 9 meses e 25 dias de prisão.
O ex-parlamentar, que atualmente está internado em um hospital na cidade de São Paulo, não passou por audiência de custódia devido ao seu estado de saúde. Ele permanecerá sob escolta policial até que o Poder Judiciário de Rondônia decida sobre os próximos passos.
Entre as condenações, destaca-se a participação do ex-deputado na “Operação Dominó”, que investigou um esquema de desvio de recursos públicos na ALERO entre 2004 e 2005. O caso, conhecido como “folha paralela”, envolvia a nomeação de servidores fantasmas que não exerciam funções na Assembleia. O esquema, liderado pelo ex-parlamentar durante sua presidência na ALERO, contou com a participação de quase todos os 24 deputados estaduais da época e teria desviado mais de R$ 11,3 milhões dos cofres públicos.
Diário da Amazônia