Sem duplicação: Cirone Deiró critica concessão da BR-364 e alerta para impactos negativos em Rondônia


O parlamentar disse que a falta de duplicação e os elevados custos com pedágios resultarão em um aumento das despesas para usuários e o setor produtivo

O deputado Cirone Deiró tem se destacado na luta por maior transparência no processo de concessão da BR-364/RO, rodovia estratégica que conecta seis estados brasileiros e é fundamental para o escoamento da produção agropecuária pelo Norte do país. Conhecida como Rota do Agro Norte, a rodovia será leiloada na próxima quinta-feira (27), na Bolsa de Valores de São Paulo, mas o parlamentar alerta que as condições da concessão não atendem às principais reivindicações dos rondonienses, especialmente a duplicação da via.

Pedágios e falta de investimentos preocupam usuários

De acordo com Cirone, a implementação de sete praças de pedágio ao longo da BR-364, com uma média de uma a cada 100 quilômetros, será um dos principais impactos negativos da privatização. O deputado calcula que um motorista de carreta de até nove eixos que saia de Vilhena com destino a Porto Velho terá um gasto extra de aproximadamente R$ 2 mil em uma viagem de ida e volta. “Esse valor não condiz com a falta de investimentos na rodovia. A duplicação, que sempre foi a principal demanda dos rondonienses, não está sendo priorizada,” denuncia.

A BR-364 é uma das rodovias mais importantes do país, ligando São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso, Rondônia e Acre, e facilitando a exportação da produção agropecuária pelo Norte do Brasil. No entanto, Cirone avalia que os benefícios da concessão não serão sentidos pelos rondonienses. “A duplicação de apenas 113 quilômetros e a construção de 200 quilômetros de faixas adicionais não vão resolver os problemas crônicos da rodovia, como o alto número de acidentes,” alertou.

Qualidade do serviço e transparência em xeque

Outro ponto de preocupação destacado pelo deputado é a falta de garantias sobre a manutenção da qualidade do serviço após a concessão que será de 30 anos. “Embora o modelo tarifário tenha como objetivo apoiar melhorias operacionais, não há garantias de que essas melhorias serão implementadas de forma eficaz e em tempo hábil. Os usuários podem continuar enfrentando trechos mal conservados e uma experiência de viagem ruim,” afirmou.

Cirone também chama a atenção para o fato de que as primeiras obras a serem realizadas serão justamente as praças de pedágio, e não melhorias significativas na infraestrutura da rodovia. “Vamos continuar tendo uma rodovia com os mesmos problemas, a única diferença será que a cada 100 quilômetros vamos ter que pagar o custo do pedágio,” crítica.

O parlamentar reforça que a luta dos rondonienses sempre foi pela duplicação da BR-364, uma reivindicação antiga de motoristas e empresas de transporte. Segundo ele, inicialmente, a proposta de privatização foi justificada pela necessidade de duplicação. “A concessão que está sendo realizada pelo Governo Federal não atende a essa demanda. Precisamos de mais transparência e de um modelo que realmente beneficie a população e o setor produtivo de Rondônia,” concluiu.

Edna Okabayashi

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