A Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) anunciou um reajuste médio de 3,03% na conta de energia elétrica para os consumidores de Rondônia, válido a partir de 13 de dezembro. A medida afeta tanto residências quanto indústrias, com aumentos de 2,55% para baixa tensão e 5% para alta tensão.
Esse novo encargo chega em um momento de dificuldades econômicas para muitas famílias e pequenos negócios, que já enfrentam desafios para equilibrar o orçamento. O peso do reajuste se torna ainda mais evidente quando consideramos uma complexa estrutura tarifária, onde 30,86% da conta são tributos e 12,04% são encargos setoriais, restando apenas 28,14% diretamente para a Energisa.
A justificativa, incluindo a quitação da Conta Covid e da Conta de Escassez Hídrica, coloca novamente o ônus sobre os consumidores, que pouco participaram das decisões que geraram essas despesas. Apesar da campanha de parcelamento oferecida pela Energisa, é difícil enxergar essa medida como solução real para o impacto do aumento, que compromete a renda de quem já está sufocado por altos custos.
É urgente que políticas mais justas sejam discutidas, priorizando a redução de tributos e encargos, além de uma revisão nos critérios de repasse desses custos ao consumidor final. Rondônia, um estado com grande potencial energético, não pode continuar sendo penalizado por uma política tarifária insustentável.
Por: Povo em Alerta