Um trabalhador rural de 47 anos, morador de Vilhena, em Rondônia, foi hospitalizado após ser picado por uma aranha-armadeira (“Phoneutria nigriventer”). O veneno do Aracnídeo provocou priapismo — uma ereção prolongada e dolorosa —, e o homem foi transferido nesta quinta-feira (5) para o Hospital João Paulo II, em Porto Velho, para atendimento especializado.
De acordo com relatos da amiga que socorreu o paciente, a picada ocorreu dois dias antes, em uma fazenda a cerca de 20 km da área urbana de Vilhena. Sentindo-se mal e enfrentando dores intensas, ele decidiu pilotar sua moto até a cidade. Ao chegar, acionou a amiga e relatou o problema. Na Unidade de Pronto Atendimento (UPA), os médicos constataram que o priapismo não estava relacionado ao uso de medicamentos para disfunção erétil, mas sim ao veneno da aranha.
Sem urologista de plantão no Hospital Regional de Vilhena, a equipe solicitou sua transferência para uma unidade de referência. A regulação do Estado definiu o Hospital João Paulo II como destino. A principal preocupação dos médicos é o comprometimento da circulação no membro afetado, o que pode levar a complicações graves, incluindo risco de amputação. Apesar disso, o hospital informou que o paciente não corre risco de morte.
Sobre a aranha-armadeira
A aranha-armadeira (Phoneutria), também conhecida como aranha-da-bananeira, é famosa pelo veneno neurotóxico que pode causar sintomas graves, incluindo priapismo, dores intensas, aumento da pressão arterial e, em casos extremos, óbito. Apesar de sua letalidade, o número de vítimas fatais causadas pela armadeira é inferior ao da aranha-marrom.
Cuidados em caso de picada
Especialistas orientam que, em casos de picada por aranha:
A vítima deve ser mantida em repouso para evitar a disseminação do veneno pelo corpo.
A área afetada deve ser lavada com água e sabão, mas não se deve fazer torniquetes.
Sempre que possível, capturar a aranha com segurança para identificação pelos médicos.
Procurar atendimento médico imediatamente, mesmo que os sintomas pareçam leves.
O caso de Vilhena reforça a importância de rápida intervenção médica para minimizar riscos e evitar complicações graves, como a possibilidade de amputação em quadros de priapismo causado pelo veneno da armadeira.
Portal SGC