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Quinta-feira, 28 de novembro de 2024, às 14:34:08 - Email: [email protected] - Tel: 69 9 9284-5099



Vereador é preso por agredir e manter esposa em cárcere privado

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O vereador José Soares de Souza, conhecido como Zé Fadiga (MDB), de 49 anos, foi preso em flagrante nessa sexta-feira (21), por ameaça, violência psicológica e cárcere privado contra a sua esposa, em Ribeirão Cascalheira (a 733 km de Cuiabá).

De acordo com a Polícia Civil, a vítima de 42 anos procurar a Delegacia de Ribeirão Cascalheira relatando que o seu companheiro vem a agredindo e mantendo em cárcere privado, sendo proibida de sair de casa sozinha e de usar meios de comunicação.

A vítima relatou que os fatos ocorrem há algum tempo, porém não denunciou o marido antes por medo das constantes ameaças de morte que recebia dele.

Segundo informações, a vítima é agredida com pancadas na cabeça, xingamentos e constantes ameaças, e há seis meses o vereador a mantém em cárcere privado, tendo instalado câmeras de segurança na residência para monitorá-la e colocando pessoas na rua para vigiá-la, caso saia de casa.

No dia 14 de junho, a vítima foi novamente agredida, ocasião em que pediu ajuda para um familiar escondido, porém o marido acabou descobrindo e a torturou. Há diversos vídeos das agressões praticadas contra a vítima.

Na quinta-feira (20), enquanto retornavam de uma reunião política, o svereador novamente ameaçou a mulher por “ter dado atenção para outras pessoas”. As ameaças continuaram na sexta-feira (21), ocasião em que ela decidiu procurar a Polícia.

Diante das informações passadas pela vítima e da coleta de evidências, os policiais de Ribeirão Cascalheira realizaram diligências que resultaram na prisão em flagrante do vereador.

Ele foi conduzido à delegacia, onde foi interrogado e posteriormente autuado por violência doméstica, não sendo arbitrada fiança ao investigado, que posteriormente colocado à disposição da Justiça.

O delegado Diogo Jobane explica que a imunidade parlamentar do investigado é restrita a atos, palavras e gestos no exercício da função legislativa. No entanto, no caso em questão, ele estava cometendo um crime comum, sujeito às mesmas penalidades que qualquer outra pessoa.

“Diante do crime de violência doméstica, os rigores da Lei Maria da Penha se aplicam integralmente, visando proteger as vítimas mais vulneráveis”, disse o delegado.

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