A inserção da Funasa na composição das Salas Estaduais de Coordenação e Controle também contribuiu para o desenvolvimento de atividades nesse período
Porto Velho, RO – Em 3,6% das casas e comércios vistoriados foram encontrados focos do mosquito. Este é o 2º ciclo do monitoramento realizado pelo governo federal
Na segunda fase da mobilização nacional para o combate ao mosquito Aedes aegypti, que durou o mês de março, os agentes de saúde e de endemias, com a ajuda de militares, visitaram mais de 416 mil domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais no estado de Rondônia. Os números fazem parte do balanço do segundo ciclo divulgado pela Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika (SNCC), coordenada pelo Ministério da Saúde.
Do total de imóveis visitados no estado, 400.274 foram efetivamente vistoriados e 15.937 estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Em 14.612 unidades foram encontrados focos do mosquito. Em todo o país, o número de visitas somou 35 milhões de domicílios, sendo que em 29,2 milhões deles os agentes foram atendidos e fizeram as vistorias. Em 3% foram encontrados focos do Aedes aegypti.
No segundo ciclo, as videoconferências com os estados, que antes eram individuais, passaram a ser coletivas por regiões, permitindo que até seis estados se conectassem simultaneamente e trocassem experiências sobre os problemas enfrentados localmente. “A interação entre as salas estaduais neste período do ano de maior potencial de transmissibilidade da doença foi de grande relevância para manter a integração intersetorial e a motivação das equipes”, explicou Marta Damasco, coordenadora da Sala Nacional de Coordenação e Controle para o Enfrentamento da Dengue, Chikungunya e Zika.
Durante o mês de março, 100% dos municípios de Rondônia, ou seja, todos os 52, notificaram as visitas no Sistema Informatizado de Monitoramento da Presidência da República (SIM-PR). Os dados são gerenciados pela Sala Nacional com base nas informações transmitidas pelas salas estaduais, a partir da mobilização para realização de visitas pelos municípios.
Outro avanço apontado pela coordenadora nacional da Sala de Coordenação e Controle é a instalação de locais de monitoramento em municípios. “Além das capitais, atualmente 545 municípios, sendo 127 em áreas prioritárias, também já instalaram salas municipais, o que contribui para a manutenção das ações de combate ao vetor no território e a mobilização da sociedade”, completou a coordenadora. No caso de Rondônia, Rolim de Moura e Vilhena possuem salas municipais.
O primeiro ciclo da mobilização nacional, entre janeiro e fevereiro, alcançou 88% dos domicílios e prédios públicos, comerciais e industriais do Brasil, com a soma de 59 milhões visitados, sendo 47,8 milhões trabalhados e 11,2 milhões que estavam fechados ou houve recusa para o acesso. Segundo o IBGE, o Brasil conta com 67 milhões de domicílios.
PARTICIPAÇÃO DE ESTATAIS – A partir do segundo ciclo, a mobilização no combate ao mosquito também passou a contar com o engajamento de estatais, como Branco do Brasil, Caixa Econômica, Correios e Eletrobrás, além de empresas da sociedade civil, como a Unicef que, além de realizarem ações com seus funcionários, potencializaram a identificação de possíveis focos do vetor.
A inserção da Funasa na composição das Salas Estaduais de Coordenação e Controle também contribuiu para o desenvolvimento de atividades nesse período. Em nível nacional foi possível articular ações de saneamento básico e resíduos sólidos de médio e longo prazo.
Os ciclos de mobilização e controle seguem até o mês de junho. A coordenadora da Sala ressalta a importância da continuidade das ações, mesmo no período de estiagem. “É importante manter a população mobilizada para evitar que os esforços feitos até então não se percam, por isso continuaremos articulando ações conjuntas e articulando novas reuniões com Funasa e diversos setores da sociedade”, finalizou.
MOBILIZAÇÃO – A melhor forma de combater o Aedes aegypti é não deixar o mosquito nascer. Por isso, o governo federal convocou um esforço nacional para que todas as casas do país sejam visitadas para eliminação dos criadouros. As visitas domiciliares são essenciais para o combate ao vetor. No contato constante com a população, os agentes de saúde desenvolvem ações com os moradores, relativas aos cuidados permanentes para evitar depósitos de água nas residências.
UF |
Base de Imóveis |
Visitas Realizadas |
% Visitas Realizadas |
Total Imóveis Trabalhados |
Total Fechados e Recusados |
Total |
67.097.881 |
34.921.275 |
52,05% |
29.282.818 |
5.638.457 |
AC |
213.679 |
27.380 |
12,81% |
26.509 |
871 |
AL |
890.930 |
166.180 |
18,65% |
144.016 |
22.164 |
AM |
886.361 |
211.233 |
23,83% |
194.598 |
16.635 |
AP |
193.300 |
61.468 |
31,80% |
55.886 |
5.582 |
BA |
4.440.393 |
3.011.782 |
67,83% |
2.609.422 |
402.360 |
CE |
2.495.573 |
1.004.306 |
40,24% |
944.763 |
59.543 |
DF |
930.622 |
188.732 |
20,28% |
154.615 |
34.117 |
ES |
1.348.991 |
641.160 |
47,53% |
495.555 |
145.605 |
GO |
2.343.397 |
1.769.123 |
75,49% |
1.493.144 |
275.979 |
MA |
1.477.966 |
785.954 |
53,18% |
740.649 |
45.305 |
MG |
7.189.307 |
5.796.445 |
80,63% |
4.987.781 |
808.664 |
MS |
892.480 |
745.320 |
83,51% |
647.034 |
98.286 |
MT |
1.047.747 |
909.616 |
86,82% |
806.976 |
102.640 |
PA |
1.840.433 |
1.248.808 |
67,85% |
1.059.442 |
189.366 |
PB |
1.177.843 |
619.910 |
52,63% |
564.720 |
55.190 |
PE |
2.833.053 |
618.625 |
21,84% |
495.124 |
123.501 |
PI |
841.957 |
799.952 |
95,01% |
749.595 |
50.357 |
PR |
3.734.729 |
1.680.322 |
44,99% |
1.377.816 |
302.506 |
RJ |
6.738.009 |
3.745.100 |
55,58% |
3.091.767 |
653.333 |
RN |
1.030.466 |
424.627 |
41,21% |
369.787 |
54.840 |
RO |
474.400 |
416.211 |
87,73% |
400.274 |
15.937 |
RR |
135.171 |
79.048 |
58,48% |
71.421 |
7.627 |
RS |
4.136.361 |
1.349.806 |
32,63% |
1.171.331 |
178.475 |
SC |
2.416.910 |
718.948 |
29,75% |
673.125 |
45.823 |
SE |
611.386 |
423.368 |
69,25% |
342.910 |
80.458 |
SP |
16.328.957 |
7.038.671 |
43,11% |
5.217.373 |
1.821.298 |
TO |
447.460 |
439.180 |
98,15% |
397.185 |
41.995 |
Por Juliana Hack, da Agência Saúde