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4º MAIOR: Rondônia entre os estados com maiores taxas de fatalidades no trânsito





Rondônia voltou a aparecer entre os estados com as maiores taxas proporcionais de mortes no trânsito, segundo levantamento recente baseado nos dados compilados entre janeiro e setembro de 2025. No período, 273 pessoas perderam a vida em acidentes viários no estado, conforme números divulgados pelo Departamento Estadual de Trânsito de Rondônia (Detran-RO).


Além do número absoluto, um indicador chama ainda mais atenção: a taxa média de mortalidade no trânsito em Rondônia é de 21,08 mortes por 100 mil habitantes, a quarta maior do país. O estado fica atrás apenas de Tocantins (36,89), Mato Grosso (25,20) e Espírito Santo (23,23)  todos com índices muito acima da média nacional.



O retorno de Rondônia ao topo das estatísticas acende um alerta. A combinação de infraestrutura viária precária, intenso uso de motocicletas, fiscalização insuficiente e vulnerabilidades tanto em rodovias quanto em vias urbanas resulta em um ambiente particularmente perigoso para motoristas, pedestres e motociclistas.

Panorama nacional: mortes no trânsito voltam a subir

O quadro rondoniense reflete uma realidade nacional. De acordo com o Mapa da Segurança Pública 2025, o Brasil registrou aumento de 8,94% nas mortes no trânsito em 2024 em relação ao ano anterior. A taxa média nacional saltou de 11,33 mortes por 100 mil habitantes em 2023 para 12,30 em 2024, consolidando um retrocesso após alguns anos de relativa estabilização.

Levantamento do Atlas da Violência 2025, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA), reforça a tendência: o número de vítimas cresceu em todo o país, com destaque para o aumento expressivo entre motociclistas, que continuam sendo as maiores vítimas de fatalidades viárias.

Por que a violência no trânsito está aumentando

Especialistas apontam múltiplos fatores para explicar a escalada nas mortes:

• Crescimento do uso de motocicletas, que concentra parte significativa das vítimas, segundo o Atlas da Violência.

• Infraestrutura urbana e rodoviária deficiente, com trechos sem sinalização, lombadas despadronizadas e pavimentação irregular.

• Comportamentos de risco, como uso de celular ao volante, excesso de velocidade e direção sob efeito de álcool.

• Fiscalização instável, com lacunas na presença de agentes e equipamentos eletrônicos de controle.

• Em Rondônia, a falta de atenção segue sendo uma das principais causas de acidentes graves, segundo relatórios do Detran.
O impacto sobre a rede de saúde também é expressivo: o Sistema Único de Saúde (SUS) registrou 227.656 internações por acidentes de trânsito só em 2024, o equivalente a uma vítima a cada dois minutos.

A urgência de políticas públicas baseadas em dados

Desde janeiro de 2025, o novo Pnatrans reforça a necessidade de envio constante de dados pelos estados para melhorar o monitoramento da segurança viária. Rondônia, inclusive, foi reconhecida entre os cinco estados mais comprometidos com o envio pontual dessas informações.

A precisão desses dados é essencial para:

• orientar investimentos em infraestrutura;
• direcionar campanhas de educação no trânsito;
• reforçar ações de fiscalização;
• e aprimorar o planejamento urbano com foco na proteção de grupos vulneráveis.

Números que representam vidas

As 273 mortes registradas em Rondônia entre janeiro e setembro representam famílias destruídas, histórias interrompidas e comunidades marcadas pela dor. No Brasil, o crescimento contínuo das fatalidades mostra que o trânsito segue sendo uma das principais causas de morte não natural e que os avanços ainda são insuficientes.

Entre 2010 e 2019, o país registrou 392 mil mortes no trânsito. Embora alguns anos tenham apresentado retração nos indicadores, a retomada do crescimento em 2023, 2024 e 2025 evidencia que a consolidação de melhorias ainda está longe.

Um alerta urgente

Com 21,08 mortes por 100 mil habitantes, Rondônia figura entre os estados mais perigosos do país para quem circula em vias urbanas e rodovias. A combinação de fragilidades estruturais, comportamentais e de fiscalização exige uma resposta imediata.

Especialistas afirmam que, sem políticas consistentes e contínuas de prevenção, fiscalização e educação para o trânsito, o Brasil corre o risco de entrar novamente em um ciclo permanente de alta mortalidade viária.

Para cumprir as metas do Pnatrans e reduzir drasticamente as mortes até 2030, será preciso transformar estatísticas em ações concretas e resgatar a prioridade pela vida nas ruas e estradas brasileiras.
 

Rondoniaovivo.com












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